Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. João 5:24





domingo, 23 de junho de 2013

Quanto vale a sua religião?

“Se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, e a sua religião é vã. A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo” (Tiago 1;26e27).
       É possível que Tiago tivesse em sua mente a maneira religiosa com que os escribas e fariseus viviam, uma vez que o Senhor Jesus muitas vezes Se insurgiu, contra eles, pois eles amavam ser chamados de mestres ou rabis, e quando nas esquinas das praças, punham-se em pé, com as mãos erguidas para o céu, faziam largas orações para serem glorificados pelos homens. Em outras ocasiões visitavam as viúvas, usando os mesmos métodos; porém a sua intenção era de apropriar-se dos bens delas. Quanto valia essa religião? Tiago diz que ela era vã e que Deus a abomina. O mundo nosso está cheio de religiosos desta ou de outra marca. Mas que é religião? Segundo alguém definiu, ela nasceu de uma palavra latina, “religare”, que quer dizer religar o que foi rompido ou desligado. Quando Deus criou o homem, este estava em plena comunhão com Ele. Mas pela desobediência ele foi desligado Dele.
         A religião verdadeira é vida do homem com Deus. Diante disto conclui-se que os escribas e fariseus não tinham essa vida, como muitos ainda em nossos dias. A mensagem de João Batista era que, quem tivesse mantimento ou vestimenta, repartisse com os que não tinham (Lc 3; 7 a 20). Então o valor da religião está no fato de proporcionar vida ao homem; comunhão íntima e perfeita com Deus, fugindo cada vez mais da prática do pecado. Será que isto pode ser encontrado na pessoa dos religiosos, especialmente dos que ostentam cara comprida ou ar de piedade? Não devemos confundir religião com seita. A religião verdadeira produz vida naqueles que ouvem as palavras do pregador, levando-o à conversão a Deus. Enquanto que a ceita, nada disto proporciona. Aliás, esta é a função da religião. Quanto cobram certas denominações religiosas dos seus fiéis? Começam pedindo mil reais; depois vão diminuindo até chegar aos dez reais. Isto está dentro das palavras do apóstolo Paulo que diz que “Estão mercadejando a palavra de Deus”. O Senhor Jesus disse certa vez, em João 5;39:
“Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam. E não quereis vir a Mim para terdes a vida eterna”.
         A missão do pregador que prega a verdade é levar o homem a Deus, ensinando-lhe a verdade sobre a salvação, que é a mensagem das escrituras sagradas. Você meu querido mensageiro da palavra, como se dirige aos seus ouvintes, está transmitindo-lhes a vida? Aquele que o ouve, chega a experimentar uma nova vida? O seu coração é aquecido com a palavra de Deus? Se você é membro de uma igreja, percebe que está havendo transformações, como por exemplo, o bêbado é transformado, ou abandona o vicio do álcool? O ladrão deixa de roubar ou continua roubando? O adúltero abandona a prática da imoralidade? O mentiroso passa a ser honesto em suas palavras? O jovem fornicário abandona a prostituição? O trapaceiro abandona esse tipo de vida, ou continua nela? O criminoso continua no crime? Se as respostas forem negativas, você vai desculpar a minha franqueza em lhe dizer, que este tipo de religião não é de Deus; por isso lhe digo que ela não vale nada; não vale um centavo. Mas se tudo isto é positivo em sua vida dou-lhe os meus parabéns! A sua religião é boa e verdadeira.
         Caso contrário recomendo-lhe o evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, pois só Ele pode fazer as mudanças, uma vez que Ele mesmo disse:
“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará... Se pois o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” ( João 8;32e36).
        Quem possui a verdadeira religião, esse está salvo, liberto de todo o pecado. Porém se não está salvo não é liberto, mas é escravo do pecado; uma vez que o apóstolo Paulo diz:
 “E se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; e eis que tudo se fez novo” (II Cor 5;17).

        Então prezado ouvinte, quanto vale a sua religião? Você estando nela, não tem a certeza da vida eterna? Se morrer nela para onde irá, para o céu ou para o inferno? Se você não sabe, então é melhor abandonar esse tipo de religião, pois em Cristo só existem certezas e não dúvidas. Concluindo, abandone essa religião que na verdade não é a que Cristo ensinou; mas faça isso hoje mesmo; ou melhor, dizendo, agora mesmo, neste instante e passe a sentir o gosto, o prazer de uma vida com Jesus. Que Deus seja louvado por isso, e o abençoe.


Autor: Pr Timofei Diacov 

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Ouvindo a Palavra de Deus na Igreja

Se a vida espiritual vem através da Palavra de Deus (Isaías 55:10–11; Romanos 10:17; Tiago 1:21; 1 Pedro 1:23), por que não deixar a igreja para lá, com todos os seus aborrecimentos e apenas dedicar-se ao estudo da Bíblia? Pense no tempo que você pouparia, sem mencionar os problemas relacionais.
Ou, melhor, por que não baixar os podcasts dos três melhores pregadores a cada semana e ouvi-los? As chances são de eles serem melhores pregadores do que o velho pastor João da igreja do fim da rua. Posso ouvir um "amém"?

Suspeito que muitos cristãos devem ter uma vaga ideia de que há algo errado nesse conselho. Mas o fato de que esperamos tão pouco de nossos pregadores em termos de exposição bíblica, o fato de que poucos preciosos segundos são dedicados à verdadeira leitura bíblica em nossas reuniões semanais, o fato de que mal pensamos em não ficar acordados nas noites de sábado para não adormecermos no meio do sermão de domingo, sugerem que nós não compreendemos realmente o vínculo estreito que há entre ouvir a Palavra na igreja e o nosso crescimento cristão individual e coletivo.
Para os iniciantes, a Palavra de Deus cria a igreja, e não cristãos avulsos. Forma um grupo de crentes que estão unidos por uma aliança em um Senhor, uma fé, um batismo, e uma remissão de pecados. "Então, os que lhe aceitaram a palavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas". (Atos 2:38, 41; 4:4; 6:7). A Palavra de Deus na verdade cria as igrejas locais. Nela, você e eu somos unidos a outros cristãos, e a igreja local é o lugar no planeta terra onde demonstramos e praticamos a unidade gerada na Palavra.
Portanto, você verá que o entendimento e a obra viva da Bíblia têm um maior benefício no contexto de membresia da igreja. Seguem sete motivos para que o nosso crescimento esteja centralizado no ouvir a Palavra de Deus no contexto da igreja local:

1. PELA OBEDIÊNCIA.

O autor de Hebreus diz aos seus leitores, "Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima". (Hebreus 10:24–25). Como podemos animar e encorajar outros quando nós nos reunimos? Com a Palavra de Deus. É isso que vemos a igreja primitiva fazer—reuniam-se para ouvir e encorajar: "E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações". (Atos 2:42).

2. PARA RECEBER OS DONS DE JESUS.

Paulo nos diz que depois que Jesus ascendeu aos céus, ele deu dons de pastores e mestres para sua igreja (Efésios 4:8– 11). Seus presbíteros são presentes. Eles são melhores do que qualquer presente que você possa encontrar em uma árvore de natal, porque com seus dons eles vão edificar a você e seus irmãos e irmãs em Cristo até que vocês alcancem a maturidade, unidade, e a medida da plenitude de Cristo (vv. 12–14). Pense nisso: Jesus o ama tanto que pegou um monte de homens pelo colarinho, os tirou de suas carreiras, e lhes disse para dedicarem suas vidas para servir você e seus amigos cristãos favoritos através do estudo e do ensino da Bíblia — toda semana. Você não fica maravilhado? E mesmo se o pastor famoso do podcast for um pregador melhor, ele não conhece a sua congregação e ele não está aplicando a Palavra a você como faria o velho pastor João.
3. PELAS ILUSTRAÇÕES VIVAS DA PALAVRA.

Paulo escreve, "Irmãos, sede imitadores meus e observai os que andam segundo o modelo que tendes em nós". (Filipenses 3:17; 2 Timóteo 3:10–11). Paulo quer que os cristãos tenham palavras e ilustrem essas palavras. Precisamos de uma comunidade eclesiástica ao nosso redor para nos exemplificar a mensagem. Pastores, em especial, devem vigiar sua "vida e doutrina".

4. PELAS AMIZADES DIVINAS.

Imitamos e seguimos os nossos amigos, adotando sua linguagem e padrões de vida. Gastamos dinheiro onde eles gastam dinheiro. Criamos nossos filhos como eles criam seus filhos. Oramos como eles oram. Os amigos de fora da igreja certamente são valiosos, mas as amizades que temos na igreja serão feitas pela mesma ministração da Palavra, dando-lhes a oportunidade de estender aquela ministração com mais atenção um sobre a vida do outro durante a semana.
5. PELO APRENDIZADO SOBRE COMO ALINHAR NOSSOS CORAÇÕES AO CORAÇÃO DE DEUS POR MEIO DA CANÇÃO. O cantar é uma atividade na qual a Palavra de Deus agarra nossos corações e alinha as nossas emoções e afetos com as dele. Portanto, as canções de uma igreja devem conter nada mais do que as palavras, paráfrases ou verdades das Escrituras. As igrejas cantam juntas porque isso nos ajuda a ver que os louvores, as confissões e as resoluções do nosso coração são compartilhados. Não estamos sozinhos.

6. PELO APRENDIZADO DA ORAÇÃO.

Se Deus alinha nossos afetos e emoções à sua Palavra pela canção, ele nos ensina a alinhar nossas vontades e ambições à sua Palavra através da oração. Aprendemos a orar biblicamente ao ouvir a oração dos santos irmãos mais velhos. As orações do cristão entram em conformidade com as intenções da Palavra de Deus. Assim, vamos adorar, confessar, agradecer e pedir por coisas que a sua Palavra revela.

7. PELOS NÃO CRISTÃOS E PELO EVANGELHO.

Pergunte a qualquer não cristão o que aconteceu em uma reunião de igreja que ele tenha ido, e (esperamos que) ele ou ela relate que a Palavra de Deus foi discutida, e talvez tenha sido tocada (leia 1 Coríntios 14:24). Paulo lembra os gálatas de que eles receberam o evangelho quando Cristo foi publicamente exposto por meio da pregação como crucificado (Gálatas 3:1). A reunião centralizada na Palavra é onde Deus colocou uma embaixada entre as nações para declarar: "Jesus é o Senhor. Volte-se para Ele".
Portanto, escute com atenção aos domingos. Faça anotações. Depois, discuta a passagem com sua família. Que suas orações sejam guiadas pelos pontos principais da pregação durante o resto da semana. Encoraje seus presbíteros com a oração. E, assim, agradeça a Deus por sua Palavra, sua igreja, e seus ministérios. Que presentes incríveis.

Texto de:  Jonathan Leeman

www.editorafiel.com.br

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Investindo Para a Frutificação

       O discipulado tem uma saúde física, emocional, afetiva e espiritual para tornarmos nossos discípulos frutíferos e o ensinarmos a amar.


"Toda vara em mim que não dá fruto, ele a corta; e toda vara que dá fruto, ele a limpa, para que dê mais fruto"  (João 15:2)

       O ser humano é mutável e mudamos para melhor ou pior. Mas, nós não fomos chamados para a classe dos piores, nós fomos chamados e eleitos para classe que dá fruto permanente. Para isso, devemos cortar os excessos, que são hábitos que precisam ser corrigidos e mudados, como os de linguagem, comportamento, relacionamento, etc. Cortar excessos significa extrair as partes infrutíferas da árvore, e não cortá-la inteira, porque os que menos valem vão valer muito, e os que mais valem vão valer mais ainda, pois ninguém é descartável. Se Jesus não desistiu de nós, não podemos desistir de ninguém.

Temos que ter cuidado ao cortar os galhos, porque existem galhos frutíferos que estão sobre os que não dão frutos e, se você cortar estes sem atenção, corre o risco de também cortar galhos bons.
       Para tornarmos nossos discípulos frutíferos devemos ensiná-los a amar, entendendo que o discipulado tem uma saúde física, emocional, afetiva e espiritual. O amor é um sentimento que se confunde com gostar, que é uma condição necessária, mas não suficiente para permanecer e continuar junto. Só o amor tudo suporta. O amor que Deus nos ensinou, para o mundo é cinismo, mas, para igreja é restauração. Para termos autoridade ao ministrar para quem quer que seja, precisamos dessa saúde emocional e afetiva, amando o próximo, a família, os discípulos, os doze e a igreja. Devemos buscar tudo isso em Deus.
       Assim como precisamos de saúde afetiva, também precisamos de saúde espiritual, para ministrar vida espiritual para os discípulos. Para se ter um melhor fluir na própria vida, na vida dos discípulos e das células, para vermos o fruto, temos que estar sempre em oração, leitura bíblica, estudos e em guerra espiritual. Por isso, precisamos de cura em todas essas áreas, e, assim, ministrarmos com segurança.
       Para que a árvore frutifique, é preciso crer que ela vai frutificar. Sempre encoraje, incentive, dê motivação, deixe o potencial e a capacidade de seus discípulos em um nível elevado, e o resultado virá nos frutos naturais. Por isso, não devemos desistir de alguém porque é problemático. E, para socorrermos os nossos discípulos, precisamos fazer um investimento de fé. Ninguém é descartável, lembre-se que Jesus fala em várias partes da Bíblia que Ele não veio chamar justos, e, sim, pecadores ao arrependimento (Mc 2:17).
       Deus está nos tratando. Está escrito em Romanos 11:17-18 que

"se alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo zambujeiro, foste enxertado no lugar deles e feito participante da raiz e da seiva da oliveira, não te glories contra os ramos; e, se contra eles te gloriares, não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz a ti".  Romanos 11.17-18

       Por isso, temos que cuidar dos nossos discípulos, tratá-los e alimentá-los, para que os frutos apareçam. Deus é o grande Restaurador de seiva, como está escrito em Jó 14:7-9 
 
"Porque há esperança para a árvore, que, se for cortada, ainda torne a brotar, e que não cessem os seus renovos. Ainda que envelheça a sua raiz na terra, e morra o seu tronco no pó, contudo ao cheiro das águas brotará, e lançará ramos como uma planta nova".  Jó 14.7-9
 
       Vivendo um novo começo, descobrindo o meu discipulado. Textos: Jo 1:29; Mt 3:13-17; Mt 9:14-17

Verdade Central: Nossa função no discipulado é encaminhar os discípulos para a presença do Messias.

Introdução

       Para que fosse confirmado o ministério messiânico, era necessário que houvesse três testemunhas: o Pai, o Espírito Santo e um homem que era João. João estava um dia no rio Jordão e quando Jesus passou, ele disse:
 
"Este é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo"  João 1:29.
 
       Ele revela a identidade messiânica, Jesus recebe a palavra, os céus se abrem e ouve-se a voz de Deus dizendo:
 
"Este é o meu filho amado em quem eu tenho prazer"  Mateus 3:17.
        Nessa mesma hora o Espírito Santo em forma corpórea de uma pomba pousou sobre Ele. Naquele momento houve uma testificação do Pai, do Filho e do Espírito Santo e uma declaração humana. Naquele dia foi revelada a identidade messiânica de Jesus, mas ninguém o seguiu, porque foi um choque.

  • De quem são os discípulos que estou gerando?

 "Então vieram ter com ele os discípulos de João..."  Mt 9:14a
        João continuava à beira do rio Jordão esperando pessoas para batizar. Se Jesus ainda não havia morrido, por que João estava batizando e fazendo discípulos? No dia em que João revelou o caráter messiânico de Jesus, restava-lhe apenas algo a fazer: cumpre-se hoje o meu ministério, tornar-me-ei discípulo de Jesus; e todos os outros discípulos de João viriam até Jesus. Mas, João nunca foi discípulo de Jesus. Ninguém mais que João sabia que Jesus era o Messias. Ele recebeu a revelação. Sua missão específica era proclamar este testemunho. Mas, esse homem continuou fazendo discípulos para si e não para Jesus. Assim também, podemos fazer discípulos à parte. Todo o homem de Deus que sai do propósito, que se insurge contra a liderança, perde o pescoço. Judas e João perderam o pescoço.

  • Conseqüências de um discipulado de competição.

"...perguntando: por que é que nós e os fariseus jejuamos, mas os teus discípulos não jejuam?"  Jo 1:29; Mt 9:14b
       Muitas vezes as pessoas quando chegam a um nível de revelação fazem sua própria rota, seu próprio caminho. João não foi para a cadeia por acaso; foi plano de Deus para não haver ministério de concorrência.
       João tinha duas classes de discípulos. Tinha os discípulos que ele preparou e que entenderam que estavam sendo preparados para o Messias, e outros que disseram que nunca deixariam João. Esses últimos são aqueles que gostam de deserto, de sofrimento, de chacotas, de ministério público. João foi preso e seus discípulos continuaram batizando, continuaram fazendo tudo o que João fazia, competindo com Jesus. Não só competiam como confrontaram a autoridade de Jesus dizendo que jejuavam mais que os discípulos d’Ele. Sabemos que quando não somos genuínos discípulos de Jesus agredimos Sua autoridade. Quando quebramos princípios de autoridade nos insurgimos contra Jesus e entramos em maldição.

Conclusão:

       A Bíblia diz que João tinha dois discípulos que ao verem Jesus passar deixaram-no e foram após Ele. Jesus já conhecia a fama dos discípulos de João e perguntou o que eles queriam. Eles queriam saber onde Jesus morava, onde era a casa d’Ele e Ele os levou até lá. Isto significa que quando estamos formando discípulos não os formamos para nós. Formamos o discípulo para apresentá-lo ao Messias, para que beba e coma diretamente d’Ele e se encha da Sua doutrina.
 

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Restituindo a Pérola de um Coração Quebrantado



Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos (Is 57.15).

Introdução 

De acordo com esse texto, Deus tem dois endereços. O primeiro num "alto e santo lugar", ou no céu (SI 115.3). O segundo, Ele mora com aquele que possui um coração abatido e contrito (Mt 5.3). Deus reside com os humildes, com os pobres de espírito. Davi aprendeu e declarou esta verdade: Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito não o desprezarás, ó Deus (SI 51.17).

O grande problema é que temos um grave problema no coração: somos orgulhosos. Mesmo após a nossa conversão, sendo habitação de Deus, o nosso cora­ção continua duro. Deus disse a Israel, o seu povo: Vós fizestes pior do que vos­sos pais; eis que cada um de vós anda segundo a dureza do seu coração maligno, para não me dar ouvidos a mim (Jr 16.12). Quebrantamento é a solução para o nosso coração orgulhoso.

1. O que é quebrantamento?
A palavra quebrantamento traduz a palavra bíblica contrição. Essa palavra sugere algo que foi esmagado em minúsculos pedaços, tal como uma rocha que se tornou pó. O salmista Davi diz: Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado e salva os de espírito oprimido (SI 34.18).

Nancy L. DeMoss afirma que quebrantamento consiste em três coisas:
1. Quebrantamento é o rompimento da nossa vontade pessoal e total rendição à vontade de Deus.
2. Quebrantamento é abrir mão da autoconfiança e da independência de Deus.
3. Quebrantamento é o amolecimento do solo do nosso coração para que a Palavra de Deus penetre e lance raízes.
2. Avalie seu orgulho
J. N. Darby declara: "O orgulho é o pior dos males que podem nos sobrevir. De todos os nossos inimigos, ele é o que perece com mais dificuldade e mais lentamente". Precisamos combater o orgulho do nosso coração, pois Deus resiste ou rejeita os soberbos (Pv 3.34; Tg 4.6; 1 Pe 5.5). O nosso Deus conhece o soberbo de longe. O Senhor é excelso, contudo, atenta para os humildes; os soberbos, ele os conhece de longe (S1138.6).



Façamos nos mesmos um checkup espiritual do nosso coração. Avaliemos o nivel de orgulho presente em nossos corações: 

1. O orgulhoso olha para os fracas­sos dos outros e está sempre pronto a mencioná-los.

2. O orgulhoso tem um espírito crítico e está sempre procurando erro nos outros. Enxerga as falhas alheias com um microscópio, mas olha as suas com um telescópio.

3. O orgulhoso tem a tendência de criticar quem se encontra em posição de autoridade (o presidente, o patrão, o marido, os pais e o pastor), e comenta com outras pessoas as falhas percebidas.

4. O orgulhoso se autojustifica; tem um conceito elevado de si mesmo e menospreza os outros.
5. O orgulhoso tem um espírito independente e autossuficiente.

6. O orgulhoso quer provar que sempre está certo e deseja sempre ter a última palavra.

7. O orgulhoso exige sempre os seus direitos e a preservação de sua reputação.

8. O orgulhoso deseja sempre ser servido, quer que a vida gire em torno de si e de suas necessidades.

9. O orgulhoso tem o sentimento de que a igreja é privilegiada por poder con­tar com ele.

10. O orgulhoso busca sempre se autopromover.

11. O orgulhoso deseja intensamente ser reconhecido e apreciado por seus esforços.

12. O orgulhoso fica magoado quando outros são promovidos em vez dele.



13. O orgulhoso fica satisfeito com os elogios e se deixa abater pelas críticas.

14. O orgulhoso se preocupa com a opinião das pessoas a respeito dele.

15. O orgulhoso não aceita ser corrigido ou disciplinado.

16. O orgulhoso tem dificuldade de aceitar os seus erros e pedir perdão.

17. O orgulhoso não conhece a verdadeira condição do seu coração.


18. O orgulhoso considera que não precisa de arrependimento e avivamento espiritual.

Se esta lista o ajudou a reconhecer o quanto você é orgulhoso, não se deses­pere. A bênção de Deus e a verdadeira felicidade espiritual é para aquele que reconhece, confessa e rejeita o orgulho.

3. Pratique o quebrantamento
O quebrantamento é uma obra de Deus, mas exige a nossa participação. Seguem-se alguns passos para o quebrantamento.

3.1. Aproxime-se de Deus
Tiago recomenda: Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros (Tg 4.8). E você se aproxima de Deus por meio da oração e da leitura bíblica. Comece a orar e ler a Bíblia. Lembre-se de duas coisas importantes:

3.1.1. Deus não rejeita a oração de alguém que o busca de todo coração (SI 66.18-20; Jr 29.13). Saiba que o Espírito Santo o ajudará a orar convenientemente (Rm 8.26).

3.1.2. A Palavra de Deus é viva e eficaz, é como uma espada que penetra no coração mais duro (Hb 4.12,13). A Bíblia é como o martelo que quebra a rocha dos corações petrificados. Não é a minha palavra fogo, diz o Senhor, e martelo que esmiuça a penha? (Jr 23.29).

3.2. Confesse os seus pecados
Quando nos aproximamos de Deus, pela oração e meditação bíblica, começamos a enxergar o quanto somos pecadores. Esta foi a experiência de Isaías: Então disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meu olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos! (Is 6.5).

É impossível para alguém viver na presença de Deus, sem sentir a necessidade de santificação e purificação de pecados (Tg 4.8-10). Tenha certeza que se você confessar os seus pecados a Deus, Ele o perdoará (1 Jo 1.5-10).

3.3. Tome atitudes de obediência a Deus
John Maxwell diz que atitude é um sentimento interior que se expressa pelo comportamento exterior. É a capacidade de transformar pensamentos em ações. Na linguagem de Tiago, é ser ouvinte e praticante da Palavra. Tomai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos (Tg 1.22).

Comece a fazer tudo o que Deus de­seja de você. O quebrantamento começa com a rendição da sua vontade (Rm 12.1,2).


Faça uma lista de decisões que você precisa tomar e comece a agir:

- Ajoelhe-se diante de Deus e reconheça a sua dependência dele.
- Reúna a sua família e peça perdão pelas suas ofensas e reconheça os seus erros.
- Desista de brigar e entregue os seus ressentimentos para Deus.
- Comece a dar testemunho de cristão no seu ambiente de trabalho.
- Comprometa-se com a sua igreja e com a obra missionária.
- Passe a falar de Jesus para as pes­soas que estão ao seu redor.
- Siga adiante com outras atitudes.

Conclusão
Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará (Tg 4.10).

Lutero disse: "Deus cria a partir do nada; portanto, Ele somente pode fazer algo de nós quando não formos nada". Samuel Chadwick dis­se: "É incrível o que Deus pode fazer com um coração quebrantado, se lhe entregar­mos todos os pedaços". Deus é o autor do verdadeiro quebrantamento, quando nos humilhamos em sua presença.

Autor: Josias Moura