Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. João 5:24





quarta-feira, 19 de setembro de 2012

DONS ESPIRITITUAIS PARA OS CRENTES.



TEXTO: I Co 12:1– Irmãos, quanto aos dons espirituais, não quero que vocês sejam ignorantes.

4– Há diferentes tipos de dons, mas o Espírito é o mesmo.
5– Há diferentes tipos de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.
6– Há diferentes formas de atuação, mas é o mesmo Deus quem efetua tudo em todos.

7– A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito, visando o bem comum.

8– Pelo Espírito, a um é dada a “palavra de sabedoria”; a outro, pelo mesmo Espírito, a “palavra de conhecimento”;

9– A outro, “fé”, pelo mesmo Espírito; a outro, “dons de curar”, pelo único Espírito;

10– A outro, poder para “operar milagres”; a outro, “profecia”; a outro, “discernimento de espíritos”; a outro, “variedade de línguas”; e ainda a outro, “interpretação de línguas”.

INTRODUÇÃO:Uma das maneiras do Espírito Santo manifestar-se é através de uma variedade de dons espirituais concedidos aos crentes.

Essas manifestações do Espírito visam à edificação e à santificação da igreja.

Os dons do Espírito Santo são ferramentas maravilhosas nas mãos dos crentes que estão dispostos a dar um passo de fé e a permitir que Deus os use. É o próprio Espírito Santo quem distribui os dons a cada um com Ele quer; não cabe a nós escolher o dom que gostaríamos de ter. EmI Co 12: 11 Ele afirma claramente: “Todas essas coisas, porém, são realizadas pelo mesmo e único Espírito, e Ele distribui individualmente, a cada um, como quer”.

Como tudo na vida cristã, os dons do Espírito Santo são presentes da graça. Nós não fazemos nada para merecê-los, e a presença deles em nossa vida não indica nível algum de super espiritualidade que possamos ter atingido. São, em primeiro e único lugar,dons, concedidos a nós pela graça para o propósito de edificar o Corpo de Cristo.

(I)(I Co 1:7; 14:1).“Dons Espirituais” gr. Peneumátika, derivado de pneuma, “espírito”. A expressão refere-se às manifestações sobrenaturais concedidas como dons da parte do Espírito Santo, e que operam através dos crentes, para o seu bem comum.

(II) “Dons” ou “Dons da graça” (gr. Charismata, derivado decharis, “graça”). Indicam que os dons espirituais envolvem tanto a motivação interior da pessoa, como o poder para desempenhar o ministério referente ao dom (capacitação dinâmica) recebido do Espírito Santo. Esses dons fortalecem espiritualmente o corpo de Cristo e aqueles que necessitam de ajuda espiritual. Rm 12: 6; Ef 4: 11; I Pe 4: 10.

O que chamamos de dom é, na verdade, um dom da graça. Em outras palavras, é a expressão ou o  resultado da graça de Deus liberados pelo poder do Espírito.  



As manifestações do Espírito dão-se de acordo com a vontade do Espírito (I Co 12: 11)ao surgir à necessidade, e também conforme o anelo do crente na busca dos dons (I Co 12:31“Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente”, 14:1 “Segui a caridade/amor/ e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar”.)



Certos dons podem operar num crente de modo regular, e um crente pode receber mais de um dom para atendimento de necessidades específicas, conforme os textos de I Co 12: 4 – 11; Rm 12: 4 – 8 e Ef 4: 8, 11, 12.  O crente deve desejar “dons”, e não apenas um dom. Conforme I Co 12: 31“os melhores dons” e I Co 14:1“procurai com zelo os melhores dons”.



É antibíblico e insensato se pensar que; quem tem um dom de operação exteriorizada (mais visível) é mais espiritual do que, quem tem dons de operação interiorizada (menos visível).Há outro detalhe também muito importante, sobre o fato de que quando uma pessoa possui um dom espiritual, isso não significa que Deus aprova tudo quanto ela faz ou ensina.

Não devemos confundir dons do Espírito, com o fruto do Espírito, o qual se relaciona mais diretamente com o caráter e a santificação do crente.Gl 5: 22, 23,que estaremos falando nas próximas aulas.



Satanás pode imitar a manifestação dos dons do Espírito, ou falsos crentes disfarçados como servos de Cristo podem fazer o mesmo (Mt 7: 21-23; 24: 11– numerosos falsos profetas, 24 –  para enganar até os eleitos; II Co 11:13-15; II Ts 2: 8-10). O crente não deve dar crédito a qualquer manifestação espiritual, mas, conforme I Jo 4:1“provar se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se tem levantado pelo mundo”,I Ts 5: 20 – Não desprezeis as profecias, 21 – Examinai tudo. Retende o bem.



Os dons do Espírito são o poder de Deus em ação, e serão liberados à medida que você se encontra em situações que necessitem desses dons. Nesses momentos, você deve ministrar, não em sua própria força, mas por meio do poder do Espírito Santo que o capacitará. A intenção do Pai é derramar seu poder para salvar e curar, sobre sua vida e a vida de todos os homens e mulheres. Se você pedir ao Pai pelos dons, mantendo um coração puro e motivações corretas, Ele não lhos negará. Por meio dos dons do Espírito, você é equipado para cumprir a vontade de Deus. Sem os dons, está simplesmente vivendo e trabalhando no nível de sua própria capacidade e força naturais.    



OS DONS ESPIRITUAIS:Em I Co 12: 8-10 o apóstolo Paulo apresenta uma diversidade de dons que o Espírito Santo concede aos crentes. Nesta passagem, ele não descreve as características desses dons, mas noutros trechos das escrituras temos ensino sobre os mesmos.

As Manifestações para fins de estudos, são divididas em três grupos:
I – Manifestações de revelação:
* Palavra de Sabedoria, de conhecimento e discernimento.

II – Manifestações de Elocução:

* Profecia, Dom de línguas e Interpretação de línguas.

III – Manifestações de Poder:

* Fé, Dons de curar e Operação de milagres.
 
1. DOM DA PALAVRA DA SABEDORIA: (12:8)É a capacidade de buscar e aplicar a verdade de Deus por revelação divina. Declara os pensamentos e planos de Deus para uma situação específica. Podemos ver exemplo deste dom na vida deSalomão (I Re 3:24-28) e Jesus (Jo 8: 4-7; Lc 20: 20-26). Sem o dom da sabedoria de Deus, você pode se encontrar julgando situações incorretamente, tomando decisões inapropriadas e irrelevantes, e talvez deixando um rastro de desentendimento e mágoa. A sabedoria de Deus, no entanto, lhe dá a acuidade de enxergar as coisas da maneira que Deus as vê e ter o discernimento para saber o que é certo ou que atitude deve tomar dentro do contexto específico. Trata-se de uma mensagem vocal sábia, enunciada mediante a operação sobrenatural do Espírito Santo. Tal mensagem aplica a revelação da Palavra de Deus ou a sabedoria do Espírito Santo a uma situação ou problema específico (At 6:10; 15:13-22). Não se trata aqui da sabedoria comum de Deus, para o viver diário, que se obtém pelo diligente estudo e meditação nas coisas de Deus e na sua Palavra, e pela oração, (Tg 1: 5, 6).

2. DOM DA PALAVRA DE CONHECIMENTO: (12:8)É a habilidade de conhecer a verdade pela impressão do Espírito Santo. Por meio de revelação divina, é concedido a você conhecimento de certos fatos com relação a uma pessoa ou situação. Exemplos da palavra de conhecimento são vistos em José (Gn 41: 25-32), em Eliseu II Re 6: 8-12 e Jesus ( Jo 4:17,18 e Mt 21:2,3). Conhecimento simples diz respeito a um entendimento natural, mas uma palavra de conhecimento é uma revelação mais direta. Muitas vezes, contém elementos que revelarão a verdade para você e a outra pessoa a que se refere, permitindo que sejam alcançadas áreas bem mais profundas, só acessíveis ao Espírito Santo. Os dons de sabedoria e conhecimento frequentemente operam em conjunto porque o primeiro é necessário para que se saiba como manejar e aplicar o segundo. Trata-se de uma mensagem vocal, inspirada pelo Espírito Santo, revelando conhecimento a respeito de pessoas, de circunstâncias, ou de verdades bíblicas. Frequentemente, este dom tem estreito relacionamento com o de profecia. (At 5:1-10; I Co 14: 24,25).

3. DOM DA FÉ: (12:9)Não se trata da fé para salvação, com está escrito em Ef 2:8, mas de uma fé sobrenatural especial, comunicada pelo Espírito Santo, capacitando o crente a crer em Deus para realização de coisas extraordinárias e milagrosas. É a fé que remove montanhas,

(I Co 13: 2),e que frequentemente opera em conjunto com outras manifestações do Espírito, tais como as curas e os milagres (Mt 17: 20) essa é a que podemos chamá-la de verdadeira fé.

Mc 11: 22-24; Lc 17: 6.

4. DONS DE CURAS: (12:9)Esses dons são concedidos à igreja para a restauração da saúde física, por meios divinos e sobrenaturais (Mt 4: 23-25; 10:1; At 3: 6-8; 4:30). O plural (“dons”) indica curas de diferentes enfermidades e sugere que cada ato de cura vem de um dom especial de Deus. Os dons de curas não são concedidos a todos os membros do corpo de Cristo (I Co 12: 11, 30), todavia, todos eles podem e devem orar pelos enfermos.(Mc 16: 18).Havendo fé, os enfermos serão curados. Pode também haver cura em obediência ao ensino bíblico de (Tg 5: 14-16).

5. DOM DE OPERAÇÃO DE MILAGRES: (12: 10)Trata-se de atos sobrenaturais de poder, que intervém nas leis da natureza. Incluem atos divinos em que se manifesta o reino de Deus contra satanás e seus espíritos malignos (Jo 6:2– “E grande multidão continuava a segui-lo, porque vira os sinais miraculosos que Ele tinha realizado nos doentes”). Este dom é a capacidade de realizar atos contrários às leis naturais com poder além da capacidade humana. É a capacitação divina de realizar atos sobrenaturais.Exemplos: Eliseu (II Re 4: 1-7–a multiplicação do azeite para a viúva), Jesus (Jo 2:1-11 – transformação de água em vinho, Lc 9:16,17 – multiplicação dos cinco pães e dois peixes) e Estevão (At 6:8– grandes maravilhas e sinais ).



Um milagre é algo além do processo natural de cura ou das leis naturais. É um evento que conta totalmente com a intervenção direta de Deus e produz resultados que manifestam o extraordinário poder de Deus. Por exemplo, a ressurreição de mortos, a transformação de água em vinho, a reposição de membros do corpo são ocorrências miraculosas.

6. DOM DE PROFECIA: (12: 10)É preciso distinguir a profecia aqui mencionada, como manifestação momentânea do Espírito da profecia como dom ministerial na igreja, mencionado em Ef 4: 11 (que estaremos falando em outra aula. Como dom de ministério, a profecia é concedida a apenas alguns crentes, os quais servem na igreja como ministros profetas. Como manifestação do Espírito, a profecia está potencialmente disponível a todo cristão cheio d”Ele (At 2: 16-18). Quanto à profecia, como manifestação do Espírito, observe o seguinte:

(a)Trata-se de um dom que capacita o crente a transmitir uma palavra ou revelação diretamente de Deus, sob o impulso do Espírito Santo (I Co 14: 24, 25, 29-31).Aqui, não se trata de entrega de sermão previamente preparado.

(b)Tanto no AT, como no NT, profetizar não é primariamente predizer o futuro, mas proclamar a vontade de Deus e exortar e levar o seu povo à retidão, à fidelidade e à paciência (I Co 14: 3).

(c)A mensagem profética pode desmascarar a condição do coração de uma pessoa (I Co 14: 25), ou prover edificação, exortação, consolo, advertência e julgamento (I Co 14: 3, 25, 26, 31).

(d)A igreja não deve ter como infalível toda profecia desse tipo, porque muitos falsos profetas estarão na igreja (I Jo 4:1). Daí, toda profecia deve ser julgada quanto à sua autenticidade e conteúdo (I Co 14: 29, 32; I Ts 5: 20, 21). Ela deverá enquadrar-se na Palavra de Deus (I Jo 4:1),contribuir para santidade de vida dos ouvintes e ser transmitida por alguém que de fato vive submisso e obediente a Cristo (I Co 12:3)

(e)O dom de profecia manifesta-se segundo a vontade de Deus e não a do homem. Não há um só texto no NT mostrando que a igreja de então buscava revelação ou orientação através dos profetas. A mensagem profética ocorria na igreja somente quando Deus tomava o profeta para isso (I Co 12: 11).

7.DOM DE DISCERNIMENTO DE ESPÍRITOS: (12:10).Trata-se de uma dotação especial dada pelo Espírito, para o portador do dom de discernir e julgar corretamente as profecias e distinguir se uma mensagem provém ou não do Espírito Santo. Às vezes, a profecia e o falar em línguas não procedem de Deus, e, até mesmo os espíritos malignos conseguem agir numa congregação, onde não há discernimento de espíritos, através de falsos mestres ou falsos profetas. (I Co14: 29– E falem dois ou três profetas,e os outros julguem;

I Jo 4:1–Amados não creiais em todo o espírito, mas provai e vede se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.) Hoje estamos vivenciando os últimos dias da igreja na face da terra. Quando os falsos mestres (Mt 24: 4–E Jesus respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane. 5–Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos) e a distorção do cristianismo bíblico tem aumentado intensamente,(I Tm 4: 1– Mas o Espírito expressamente diz que: nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios), esse dom espiritual tem sido extremamente importante para a igreja.

8.DOM DE VARIEDADES DE LÍNGUAS: (12: 10)No tocante às “línguas”(gr.glossa, que significa língua) como manifestação sobrenatural do Espírito, notamos os seguintes fatos:

(a)Essas línguas podem ser humanas e vivas, (At 2: 4-6), ou uma língua desconhecida na terra, e.g., (por exemplo vem do latim exempli gratia) “línguas... dos anjos” (I Co 13:1– Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos e não tivesse caridade, seria como o metal que soa ou como o sino que tine). A língua falada através deste dom não é aprendida, e quase sempre não é entendida, tanto por quem fala (I Co 14: 14),como pelos ouvintes(I Co 14: 16).
(b)O falar noutras línguas como dom abrange o espírito do homem e o Espírito de Deus, que entrando em mútua comunhão, faculta ao crente a comunicação direta com Deus, (isto é; na oração, no louvor, no bendizer e na ação de graças), expressando-se através do espírito mais do que da mente (I Co 14: 2,14) ou orando por si mesmo ou pelo próximo sob a influência direta do Espírito Santo, à parte da atividade da mente humana (I Co 14: 2, 15, 28; Jd 20).

(c)Línguas estranhas falada no culto devem ser seguidas de interpretação, também pelo Espírito, para que a congregação conheça o conteúdo e o significado da mensagem (I Co 14: 3, 27, 28). Ela pode conter revelação, advertência, profecia ou ensino para a igreja (I Co 14:6).

(d)Deve haver ordem quanto ao falar em línguas em voz alta durante o culto. Quem fala em línguas pelo Espírito, nunca fica em “êxtase” ou “fora de controle” (I Co 14: 27, 28)

9.DOM DE INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS: ( 12:10)Trata-se da capacidade concedida pelo Espírito Santo, para o portador deste dom compreender e transmitir o significado de uma mensagem dada em línguas. Tal mensagem interpretada para a igreja reunida pode conter ensino sobre a adoração e a oração, ou pode ser uma profecia. Toda a congregação pode assim desfrutar dessa revelação vinda do Espírito Santo. A interpretação de uma mensagem em línguas pode ser um meio de edificação da congregação inteira, pois toda ela recebe a mensagem (I Co 14: 6, 13, 26). A interpretação pode vir através de quem deu a mensagem em línguas, ou de outra pessoa. Quem fala em línguas deve orar para interpretá-las (I Co 14: 13).            

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