Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. João 5:24





sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Os Traumas do Passado

Rádio Mais Louvores - Transmissão 24 Horas
 
 
 
Há muitas pessoas paralisadas e infrutíferas por causa de feridas na alma. As feridas surgem em muitas pessoas, muito cedo, já na infância e juventude, que levam pelo resto de suas vidas, sentimentos e lembranças que lhes tiram a liberdade e impedem de ser o que Deus quer que sejam. Daí surge os traumas do passado que impedem as pessoas de serem felizes e progredirem.

A Graça de Deus remove os traumas do passado, pois os que estão em Cristo Jesus são novas criaturas, as coisas antigas ficam para trás e tudo se faz novo. (2 Co 5:17)
COMO SABER SE SOU UMA PESSOA COM EMOÇÕES AFETADAS?
São muitas as evidências de alguém traumatizado na alma; dentre elas citamos: mágoas, perfeccionismo, palavras constante sobre o passado, depressão, pequenez, amargura, rejeição, insegurança, medo, fugas, falta de perdão, agressividade, indiferença, complexos, hipersensibilidade, ódio.


Os traumas emocionais geram pessoas aprisionadas e limitadas. Afetando seus pensamentos tudo é refletido em seu comportamento, trazendo a crise e a dor. Desta forma há sofrimento no lar, na igreja, no trabalho por causa dos relacionamentos mal conduzidos, em virtude daquelas deformidades que estão na alma. Tais pessoas estão em constante conflito consigo mesmo e com os outros, agindo com medo, cobranças e desconfiança, por causa das constantes decepções. Paulo ensina a esquecer o passado FP 3:13-14

APRENDENDO A ANALISAR AS PALAVRAS (MT 12:33-37)

Temos que analisar as palavras das pessoas que conversamos. Uma pessoa que fala MUITO do passado, pode ter um problema muito sério na sua alma. Quando ela é saudosista, certamente considera que o presente não é tão bom como foi o passado. Assim ela deixa de viver, deixa de acreditar no presente e muito menos no futuro. Já a pessoa indignada com o passado, certamente traz mágoas e ressentimentos que pode fazer dela uma pessoa agressiva, indiferente, insegura e super sensível.

O MEDO DE ERRAR NOVAMENTE

O medo de errar novamente pode trazer a existência do perfeccionismo. Quando uma pessoa erra no passado e traz consigo o complexo e a culpa, geralmente tenta não errar novamente, para isso ela tenta ser perfeita. Quase toda pessoa perfeccionista, já cometeu um grande erro no passado e por causa deste, ela tenta ser perfeita.

Todos nós temos nossas falhas, é necessário aprendermos a viver com as falhas dos nossos irmãos. Se formos extremamente perfeccionistas podemos terminar sozinhos neste mundo.
MÁGOA
Toda vez que ao ser ferido eu permitir que a mágoa entre em meu coração, eu me amarro ao meu agressor pelas cadeias da mágoa e estou dando ocasião a natureza carnal para que governe a minha vida.


As cadeias da mágoa PRENDEM O FERIDO A QUEM O FERIU! Ter mágoa de alguém é amarrá-lo a você, é ser escravo dele, ainda que não saiba! Com cadeias de mágoa no coração a pessoa fica incapaz de amar e ser amado. Ninguém escolhe ser ferido e nem sempre tem culpa de o ser, mas deixar a ferida crescer e contaminar todo o ser, pela aceitação da mágoa, é algo que podemos evitar vivendo a Graça de Deus, pois Deus nos capacita a amar. “O amor não se ressente do mal”

A FORÇA DO PERDÃO (Mt 18.23-35)

Não perdoar é estar preso ao passado, é ser prisioneiro das pessoas e dos acontecimentos do passado. Perdoe ao próximo e a você mesmo, aja como Deus: seja misericordioso e perdoador. Perdão libera perdão!
Um líder de sucesso é alguém que libera o perdão por uma questão de convicção, de fé. Tome uma posição agora mesmo e aceite sua responsabilidade de perdoar aos que lhe feriram (deixe de culpar os outros por causa do seu erro de não perdoar). Peça ao Espírito para lhe mostrar seu real problema e como orar a respeito. Perdoe a todos os envolvidos na sua história de dor. Perdoe a si mesmo. Assuma sua identidade de liberto em Cristo.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Deus Que Sempre Vai Ajudar


Pela opressão dos pobres, pelo gemido dos necessitados me levantarei agora, diz o SENHOR; porei a salvo aquele para quem eles assopram.
Salmos 12:5


 Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça.
Isaías 41:10


INTRODUÇÃO:

       Na nossa pequena mente as vezes pensamos que Deus não pode fazer ainda grandes coisas, Deus sempre está pronto para ajudar, mas neste esboço, há quatro classes que Deus se interessa e age imediatamente.
 Ele quer ajudar:

1) OS CANSADOS E SOBRECARREGADOS
       CANSADOS da vida, dos problemas, das dificuldades, desanimados (há uma carga pesando na sua vida?) Deus quer dar o alívio imediato, Deus se preocupa sim com sua vida cansada, sem ter esperança, sem ter paz, Ele vai te tirar agora esse peso que você não consegue nem caminhar nesta vida (Mt. 11:28 ; Sl. 10:18)

        OS SOBRECARREGADOS (Os oprimidos) - São aqueles que sofrem opressões tanto do mundo como das pessoas e as demoníacas - há gente que vai a terreiros dizem lá que vai descarregar tudo, mas voltam como mulas e cavalos de cargas de Satanás e seus demônios, Jesus agora vai tirar esse peso essa opressão, você vai dormir em paz tranqüilo (Sl. 4:8), Jesus vai te libertar neste culto, a opressão vai sair, os demônios vão fugir. Há poder no sangue de Jesus doenças serão eliminadas, Ele quer tirar o peso da opressão, se você quer levante a tua mão (Você que está ministrando cuidado fique atento pois demônios podem neste momento tentar oprimir vidas que ainda estão sendo escravizadas nesta mensagem eu tive uma experiência). Jesus quer libertar e ajudar essas vidas.

2) OS DECEPCIONADOS E AMARGURADOS - Mas Jesus nunca decepciona ninguém
       DECEPÇÃO (é a desilusão, é o desenganado, é o caído) - Mas Jesus se levanta do trono agora.
        AMARGURA - É a tristeza colocando suas garras e invadindo o coração do homem, deixando raízes profundas na alma (oh cansado, oh amargurado, oh triste Jesus vai te ajudar)

 Ele ajudou RUTE (Rt. 1:20)
 Ele ajudou Ana (I Sm. 1:10)
 Ele ajudou o paralítico de Betesda (Jo. 5:5-8)

       Ele vai te ajudar agora

3) OS DESESPERADOS E AFLITOS - aqueles que perderam... tudo e ainda mais...
       Perderam a vontade de viver, a esperança de acreditar em alguma coisa (mas creia somente Maria e marta estavam em aflição seu irmão morreu (Lázaro) , mas Jesus disse se creres verá a Glória de Deus, creia que Ele está te vendo agora nesta aflição.

 Ele viu Daniel na cova.
 Ele viu Ananias, Misael e Azarias (Sadraque, Mesaque e Abedenego), na fornalha ardente.
 Ele viu as multidões como ovelhas sem pastor.
 Ele viu o choro de Hagar no deserto.
 Ele viu Jó na aflição depois de todas as percas possíveis que um homem pode ter na vida.
 Ele quer mudar essa insegurança, de quem está inseguro,
 Ele quer tirar o sofrimento desta ansiedade (I Pd. 5.7; Jó . 6.26; Gn. 16:17; Jo. 16.33).


4) OS QUE NÃO TEM SALVAÇÃO

       Os deuses, ídolos, homens, objetos, mantras, simpatias, benzimentos, pagamento de promessas, velas a mortos não tem o poder de salvar a vida do homem, não podem salvar - Só em Jesus Cristo temos a salvação Ele quer te salvar (At. 4.22; Fp. 2.12; Rm 13:11).

CONCLUSÃO:

       Deus quer te ajudar agora, basta você chegar até a Ele, aquele que vem a Mim de modo nenhum Eu lançarei fora.
 

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

DONS MINISTERIAIS PARA A IGREJA.



TEXTO: Efésios 4: 11– E ele designou alguns para “apóstolos”, outros para “profetas”, outros para “evangelistas”, e outros para “pastores” e “mestres”.

12– Com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado.

13– Até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo.


ORIGEM DO MINISTÉRIO:Tem havido muito debate sobre a relação precisa entre missão original e sem restrições dos apóstolos e evangelistas, por um lado, e o ministério local permanente dos pastores e mestres, governadores e auxílios, por outro lado. Essa última classe, segundo parece, sempre era nomeada pela primeira; mas se Atos 6 puder ser considerado como passagem que descreve uma ordenação típica, então a eleição popular desempenhava papel na escolha dos candidatos.

Rm 12 e I Co 12podem ser trechos que parecem subentender que a igreja na qualidade de uma comunidade orientada pelo Espírito Santo, produz seus próprios órgãos ministrantes; por outro lado Ef 4: 11 assevera que o ministério é dado à igreja por Cristo. Poderia ser sugerido que, se por uma lado Cristo é a fonte de toda a autoridade e o padrão de todo o tipo de serviço, a igreja, como um todo, é a recebedora da comissão divina, por outro lado. Seja como for o NT não se preocupa em indicar possíveis canais de transmissão; sua preocupação principal é de prover, quanto a esse particular, um teste doutrinário que sirva de critério para a ortodoxia do ensino ministrado.



 INTRODUÇÃO: Em sua forma mais antiga, o ministério cristão é carismático, isto é, depende de um dom espiritual ou dote natural, cujo exercício testificava sobre a presença do Espírito Santo na igreja. Assim é que profecia e glossolalia acorreram quando Paulo impôs suas mãos sobre alguns crentes comuns, após haverem sido batizados (At 19: 6); e as palavras ali empregadas subtendem que a ocorrência até certo ponto foi uma repetição da experiência pentecostal no início da igreja (At 2). Três listas são providas nas epístolas paulinas acerca das várias formas que tal ministério poderia assumir, e é notável que em cada lista são incluídas funções mais claramente espirituais. Em Rm 12: 6-8 encontramos profecia, ministério, (diakonia), ensino, exortação, contribuições, governo e “exercício de misericórdia” (? Visitação aos enfermos e pobres). I Co 12: 28“Assim, na igreja, Deus estabeleceu primeiramente apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres; depois os que realizam milagres, os que têm dons de curar, os que têm dons de administração e os que falam diversas línguas. O Apóstolo Paulo relaciona; apóstolos, profetas, mestres, juntamente com aqueles dotados de poder de operar milagres, curar os enfermos, prestar auxílio, governar ou falar em línguas.


O catálogo mais oficial fica em Ef 4: 11“E Ele designou alguns para “apóstolos”, outros para “profetas”, outros para “evangelistas”, e outros para “pastores e mestres”.    

Esse versículo (11) alista os dons de ministério que Deus deu à igreja.



Paulo declara que Ele deu esses dons para:(1) Preparar o povo de Deus ao trabalho cristão (4: 12 “Com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado) e (2) Para o crescimento e desenvolvimento espirituais do corpo de Cristo, segundo o plano de Deus.

4: 13“Até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo”.
14“O propósito é que não sejamos mais como crianças, levados de um lado para outro pelas ondas, nem jogados para cá e para lá por todo o vento de doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro”.
15“ Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo”.

16“Dele todo o corpo, ajustado e unido, pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza sua função”.

Os vários dons alistados nessas passagens são funções ou maneiras diferentes de servir, e não ofícios regulares e estereotipados; um indivíduo podia e ainda pode agir em diversas capacidades ao mesmo tempo, porém, sua habilidade para cumprir qualquer uma delas dependia e sempre dependerá do preparo proporcionado pelo Espírito Santo.



APÓSTOLOS:

O Título “Apóstolo” se aplica a certos líderes cristãos no NT. Não apenas os doze foram incluídos no apostolado, mas igualmente Paulo(Rm 1: 1; II Co 1:1; Gl 1: 1); Paulo e Barnabé (I Co 9: 5,6), Tiago, o irmão do Senhor (Gl 1: 19; 2: 9; I Co 15:7), e Andrônico e Júnias (Rm 16: 7). A qualificação primária de um “apóstolo” era que tivesse sido testemunha ocular do ministério terreno de Cristo, particularmente da ressurreição (At 1: 21,22), e sua autoridade dependia do fato que de alguma forma tivesse sido comissionado por Cristo, quer nos dias de sua carne(Mt 10: 5; 28: 19), quer depois dele haver ressuscitado dentre os mortos(At 1: 24 Matias, 9: 1,15 e I Co 15: 5, 7, 8-11 Paulo). O verbo “apostello” significa enviar alguém em missão especial como mensageiro e representante pessoal de quem o envia. O título é usado para Cristo (Hb 3: 1), os doze discípulos escolhidos por Jesus (Mt 10: 2), o apóstolo Paulo (Rm 1: 1; II Co 1: 1; Gl 1: 1) e outros (At 14: 4, 14; Rm 16: 7;
Gl 1: 19; 2: 8,9; I Ts 2: 6,7). (I) O termo “apóstolo” no NT em sentido geral, para um representante designado por uma igreja, como, por exemplo, os primeiros missionários cristãos. Logo no NT o termo se refere a um mensageiro nomeado e enviado como missionário ou para alguma responsabilidade especial At 14: 4, 14; Rm 16: 7; II Co 8: 23; Fp 2: 25. Eram homens de reconhecida e destacada liderança espiritual, ungidos com poder para defrontar-se com os poderes das trevas e confirmar o Evangelho com milagres. Cuidavam do estabelecimento de igrejas segundo a verdade e pureza apostólicas. Eram servos itinerantes que arriscavam suas vidas em favor do nome do nosso Senhor Jesus Cristo. E da propagação do evangelho (At 11: 21-26; 13: 50; 14: 19-22; 15: 25,26).

(II) Hoje no sentido geral, os “apóstolos” continuam sendo essenciais para o propósito de Deus na igreja. Pois se as igrejas cessarem de treinar, observar, discernir e enviar pessoas assim, cheias do Espírito Santo, a propagação do evangelho em todo o mundo ficará estagnada, paralisada. Logo enquanto a igreja estiver contextualizada com essa obrigação de produzir e enviar tais pessoas, estará cumprindo assim, sua tarefa missionária, e, permanecerá fiel à grande comissão do Senhor (Mt 28: 18-20). O ministério apostólico referente àqueles que viram Jesus após a sua ressurreição, e que foram comissionados por Ele, é exclusivo e restrito, não há repetição, pois os apóstolos originais do NT, não têm sucessores (I Co 15: 7,8.


PROFETAS:

Os profetas eram homens que falavam sob o impulso direto do Espírito Santo, e cuja motivação, e, interesses principais eram a vida espiritual e pureza da igreja, transmitindo sempre uma mensagem da parte de Deus ao seu povo.

(At 2: 17; 4: 8; 21: 4). É o porta-voz de Deus. É aquele que movido pelo Espírito Santo, transmite mensagens da parte do Senhor.“Há realmente muita confusão a respeito do dom de profecia e o ministério profético; muitos acham que o ministério de profecia é o mesmo ministério de pregação, porém, entre eles há uma grande diferença”.
É certo que um pregador pode profetizar durante sua pregação, mas a pregação é diferente de uma mensagem profética. O pregador fala a mensagem iluminada, segundo a graça de Deus, de acordo com Sua palavra e "ninguém pode resistir"

(At. 4: 13; 6:9 e 10).A profecia, porém, é uma mensagem inspirada da parte de Deus; o profeta fica constrangido sob a mensagem, controlado pelo Espírito Santo

(I Co 14: 6, 31-33).
O ministério profético no Novo Testamento é inteiramente diferente do ministério dos profetas do Velho Testamento, porque no Velho testamento a mensagem vinha a eles como está escrito: "Veio a mim a palavra do Senhor" (Jr.2:1). Enquanto que nos profetas do Novo Testamento, a palavra ou a mensagem são anunciadas inspiradamente pelo poder do Espírito Santo (I Co 14:3, 6, 26).
Os profetas,tanto do Antigo como do Novo Testamento não são infalíveis visto estarem sujeito a serem julgados pela Palavra de Deus I Co 14:29; I Ts 5:20, 21;
Jr 23: 28-30.O ministério profético foi como um esteio na Igreja cristã primitiva

Ef 2: 20
 Contudo os dons proféticos não foram reconhecidos como regra guiadora para orientar ou dirigir a igreja ou ao seu pastor (At 21: 10-14; Dt 13: 1-5). Quem guiava era a palavra de Deus, a única regra para orientar e guiar a igreja (At 6: 2, 4).
“Infelizmente, muitos não sabem guiar-se pela palavra de Deus, e por essa razão aparecem tantos absurdos doutrinários”.
Toda e qualquer revelação ou profecia devem ser submetidas à prova junto ao ministério da Palavra de Deus (I Co 14: 29 – 31,32).



Existem três fontes das quais podem surgir as mensagens proféticas:
1-   A fonte divina (Jr 23: 28, 29)
2-   Fonte humana; mensagem do coração do próprio profeta (Ne 6:12; Jr 23:16,30-32).

3-   A fonte demoníaca; mensagem que vem através de um demônio ou de um crente desobediente (I Tm 4: 1-3). “Daí pode surgir muita perturbação, dada a maioria dos crentes mais simples (Mt 22: 29) acreditarem mais no profeta, na realidade mais em profecias, do que no pastor, ou no dirigente da igreja”.
“Na edificação da igreja há necessidade dos dons proféticos, pois eles são como andaimes" na construção. Mas esses "andaimes", devem estar bem firmados pelas armas e pregos da doutrina dos mestres da congregação (Ec 12: 11).  Deus não diz em sua palavra, que o seu povo foi destruído só por que lhe faltava profecia, e sim, por que lhe faltou conhecimento da palavra de Deus. Os 4: 6. Em João 8: 32 está escrito: “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”.
Portanto, não devemos consultar profetas como se fazia no tempo do Velho Testamento, porquanto a lei e os profetas duraram até João Batista (Lc 16: 16).
 O caminho seguro é orar a Deus e Ele revelará o que for necessário. Jer 33: 3
 A lei e os profetas duraram até João, significando que até então o povo era guiado pela lei e pelos profetas (conferir na resposta de Abraão ao rico da parábola do rico e Lázaro - Lc 16: 29)

A profecia visava naqueles dias e ainda hoje; exortar, admoestar, animar, consolar e edificar. At 2: 14-36; 

3: 12-26; I Co 12: 10; 14: 3.



EVANGELISTAS:

São osmensageiros de boas novas. O evangelista desempenha a obra de um missionário, levando o Evangelho a lugares onde ainda é lugar desconhecido. É essencial no propósito de Deus para a igreja. A igreja que deixar de apoiar e promover esse ministério cessará de ganhar almas, e resgatá-las da perdição eterna.
 Caberá a igreja local identificar e separar os evangelistas para o ministério, mas é o Senhor quem concede o dom de Sua graça a cada um para o ministério que for útil (I Co 12: 7; Rm 12: 5-8).
 Paulo falando ao evangelista Timóteo, disse: "Faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério" (II Tm. 4:5).
Qual será então a obra de um evangelista?
Segundo a palavra de Deus é:
a) Despertar o ânimo ou acordar as almas dormentes, através da mensagem da fé (At 8: 6-8).

b)Fazer a obra de pioneiro em campos virgens, colocando o marco da fé cristã, promover o trabalho de avivamento espiritual nas igrejas a convite do pastor local;
 Filipe em suas viagens missionárias, evangelizou todas as cidades até chegar a Cesaréia, em todas as cidades deixou a semente plantada (At 8: 39-40).
 Portanto, a credencial mais bonita de um evangelista é a operação da graça, na conversão das almas como fruto da sua pregação (At 8: 4-8, 32-38).
 Filipe deu prova de um bom evangelista e seu ministério; estava sob o controle divino (At 8: 39, 40).
 Depois de um grande avivamento, e, despertamento partiu e deixou a cidade de Samaria e seguiu a direção que o Senhor lhe mostrou; creio que para o deserto At 8: 26. Acredita-se que nunca mais voltou ali a não ser em visita. É lamentável dizer que; muitos evangelistas abrem as portas à pregação e eles mesmos as fecham, dificultando o trabalho para outros que venham depois deles.
 Infelizmente há uma grande "onda de evangelistas" em nossos dias, dos quais podemos dizer sem medo de errar, que são perturbadores do ministério como pode? Lm 3: 22, mas é o Senhor que concede o dom de sua graça a cada um para o ministério em que for útil (I Co 12.7; Rm12: 5-8), quantos sofrimentos tem causado esses obreiros na seara do Senhor.
 Somente no dia de Cristo é que tudo será revelado (Mt 7: 21, 22; Fl 1:5, 17; 3: 2; II Co 5:10).



PASTORES:

Homem que apascenta as ovelhas
O ministério pastoral é o mais conhecido e o mais necessário entre todos os ministérios. Nosso Senhor Jesus Cristo é o perfeito exemplo, pois Ele disse: "Eu sou o bom pastor" e acrescentou: "O bom pastor dá as sua vida pelas ovelhas" (Jo 10: 10, 11 e 14).


 No Sl 23 encontramos o verdadeiro modelo para o ministério pastoral, cujas qualidades são:
1 – Apascentador, é, levar as ovelhas aos pastos verdejantes e saudáveis (Sl 23: 2; I Pe 5: 2; Jr 3: 15).

2 - Suavizador, isto é, levar as ovelhas ao refrigério espiritual e refrescar, aplicando o bálsamo divino;
 Infelizmente, muitos ministram soda cáustica ao invés de aplicar o bálsamo da doutrina bíblica. Nesse sentido Paulo disse: "Não espancador" (I Tm 3:3; Ez 34:21; Jr 23: 1,2).

3 - Disciplinador, isto é, cortar a lã sem ferir as ovelhas; quando as ovelhas não são tosquiadas, sentem-se mal, ficam com excesso de lã, sem contar que ficam feias. (má aparência espiritual)
 Neste estado ficam geralmente enfastiadas, não vão aos cultos, perdem o desejo de contribuir e tornam-se queixosas (II Co 9: 7; Jd 16).

No Velho Testamento era considerado pastor o guia espiritual do povo: Tanto podia ser um profeta como Samuel, um rei como Davi ou um sacerdote como Josué (Jr 23: 4; Zc 3: 8, 9).

As igrejas primitivas tiveram em suas congregações presbíteros, que juntamente com os apóstolos e pastores, os quais foram designados para pastorearem, isto é, cuidarem do rebanho.

Alguns funcionaram como pastores, segundo a chamada direta do Senhor At 20:17-28.
 Na palavra de Deus, encontramos pastores e presbíteros muito entrelaçados no apascentamento, assim Pedro testifica (I Pe 5: 1-4).
 Só há uma diferença; e que o pastor além de responsável pelo rebanho é o anjo da igreja, colocado pelo Senhor, onde deve permanecer fiel, para não perder a linha espiritual de seu ministério (Ap 2: 1 ; Hb. 13: 7,17; Ef 4:11).
 Já os presbíteros eram eleitos ou designados pelos pastores ou pelos apóstolos (At 14: 23; Tt 1: 5-8).
 A Palavra de Deus nos fala de presbíteros com honra dobrada; eram os que presidiam uma comunidade; esses eram naturalmente considerados pastores juntamente no ministério (I Tm 5: 1 7-29 ). Deve e precisa ser muito respeitado, com a mesma honra que se dá a um pastor.
 O pastor está velando por uma obra que não é sua, da qual, um dia dará contas ao legítimo dono (I Pe 5: 3, 4; Hb 13:17).

O pastor tem que ser:
a) Bom crente e andar com verdadeiro exemplo de sinceridade (Tt 1: 5-8).
b) Ser bom esposo (I Pe 3: 7; I Ts 3:2-4 ).
c) Ser bom pai (I Tm  3: 5; Cl 3: 21).
d) Ser bom companheiro (Fl 2: 3; I Jo 3: 18 ).
e) Ser bom cidadão, obediente às autoridades (Rm 13: 1-10).
f) Ser também um bom irmão (I Ts 3: 2)

Alguém escrevendo sobre o pastor disse:
1 -   O pastor precisa ter a força de um boi;
2 -   A tenacidade de um cão;
3 -   A paciência de um asno;
4 -   A indústria de um castor;
5 -   A veracidade de um camaleão
6-    A visão de uma águia;
7 -   As melodias de um rouxinol;
8 -   A pele de um rinoceronte;
9 -   A disposição de um incurável:
10-  A lealdade de um apóstolo;
11-  A fé de um profeta;
12-  A ternura de um pastor de ovelhas;
13-  O fervor de um evangelista;
14-  A devoção de uma mãe.

As atividades do pastor englobam as funções de:
a) De pastor
b) De pregador
c) De administrador
d) De educador
e) De conselheiro.

Existem três coisas que elevam o pastor no desempenho das suas funções:
1- A experiência necessária
2- O conhecimento geral daquilo que ele desempenha
3- Maturidade: Ser longânimo; nunca precipitado em assuntos que envolvam o seu ministério.



DOUTORES OU MESTRES:

Pode ser chamado de homem que tem habilidade para o ensino.
São aqueles que têm de Deus um dom especial para esclarecer, expor e proclamar a palavra de Deus, a fim de edificar o corpo de Cristo.(4: 12) O ministério de mestre é realmente muito valioso no ensino da Palavra de Deus, enquanto se conservar aos pés do Senhor Jesus, o divino Mestre.

Os mestres são essenciais ao propósito de Deus para a igreja. A igreja que rejeita, ou se descuida do ensino dos mestres e teólogos consagrados e fiéis à revelação bíblica, não se preocupará pela autenticidade e qualidade da mensagem bíblica nem pela interpretação correta dos ensinos bíblicos. A Igreja onde, mestres e teólogos estão calados não terá firmeza na verdade. Tal igreja aceitará inovações doutrinárias sem objeção; e nela, as práticas religiosas e idéias humanas serão de fato o guia no que tange à doutrina, padrões e práticas dessa igreja, quando se deveria ser a verdade bíblica. Por outro lado, a igreja que acata os mestres e teólogos piedosos e aprovados terá seus ensinos, trabalhos e práticas regidos pelos princípios originais e fundamentais do evangelho. Princípios e práticas falsas serão desmascarados, e a pureza da mensagem original de Cristo será conhecida pelos seus membros. Paulo disse: "Aquele que está entre vós, não pense em si mesmo mais do que convém saber, mas que saiba com temperança, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um (Rm 12: 3-7). Alguém que com esse extraordinário dom ministerial de ensinar, mas por causa da exaltação perder a graça e continuar a ensinar, o fará, porém, sem autoridade na Palavra, dando alimentação não substancial.
 O ministério de ensino ou de mestre funciona como ajudador na obra do Senhor, podendo por meio do ensino, edificar a obra do Senhor (II Tm 3: 16, 17; I Co 3: 6-10).
A missão dos mestres bíblicos é defender e preservar, mediante a ajuda do Espírito Santo, o evangelho que lhes foi confiado,(II Tm1: 11-14). Têm o dever de fielmente conduzir a igreja à revelação bíblica e à mensagem original de Cristo e dos apóstolos, e nisso perseverar. Tg 1: 22ª “E sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes”... II Tm 2:15 “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não têm de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”.

DONS ESPIRITITUAIS PARA OS CRENTES.



TEXTO: I Co 12:1– Irmãos, quanto aos dons espirituais, não quero que vocês sejam ignorantes.

4– Há diferentes tipos de dons, mas o Espírito é o mesmo.
5– Há diferentes tipos de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.
6– Há diferentes formas de atuação, mas é o mesmo Deus quem efetua tudo em todos.

7– A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito, visando o bem comum.

8– Pelo Espírito, a um é dada a “palavra de sabedoria”; a outro, pelo mesmo Espírito, a “palavra de conhecimento”;

9– A outro, “fé”, pelo mesmo Espírito; a outro, “dons de curar”, pelo único Espírito;

10– A outro, poder para “operar milagres”; a outro, “profecia”; a outro, “discernimento de espíritos”; a outro, “variedade de línguas”; e ainda a outro, “interpretação de línguas”.

INTRODUÇÃO:Uma das maneiras do Espírito Santo manifestar-se é através de uma variedade de dons espirituais concedidos aos crentes.

Essas manifestações do Espírito visam à edificação e à santificação da igreja.

Os dons do Espírito Santo são ferramentas maravilhosas nas mãos dos crentes que estão dispostos a dar um passo de fé e a permitir que Deus os use. É o próprio Espírito Santo quem distribui os dons a cada um com Ele quer; não cabe a nós escolher o dom que gostaríamos de ter. EmI Co 12: 11 Ele afirma claramente: “Todas essas coisas, porém, são realizadas pelo mesmo e único Espírito, e Ele distribui individualmente, a cada um, como quer”.

Como tudo na vida cristã, os dons do Espírito Santo são presentes da graça. Nós não fazemos nada para merecê-los, e a presença deles em nossa vida não indica nível algum de super espiritualidade que possamos ter atingido. São, em primeiro e único lugar,dons, concedidos a nós pela graça para o propósito de edificar o Corpo de Cristo.

(I)(I Co 1:7; 14:1).“Dons Espirituais” gr. Peneumátika, derivado de pneuma, “espírito”. A expressão refere-se às manifestações sobrenaturais concedidas como dons da parte do Espírito Santo, e que operam através dos crentes, para o seu bem comum.

(II) “Dons” ou “Dons da graça” (gr. Charismata, derivado decharis, “graça”). Indicam que os dons espirituais envolvem tanto a motivação interior da pessoa, como o poder para desempenhar o ministério referente ao dom (capacitação dinâmica) recebido do Espírito Santo. Esses dons fortalecem espiritualmente o corpo de Cristo e aqueles que necessitam de ajuda espiritual. Rm 12: 6; Ef 4: 11; I Pe 4: 10.

O que chamamos de dom é, na verdade, um dom da graça. Em outras palavras, é a expressão ou o  resultado da graça de Deus liberados pelo poder do Espírito.  



As manifestações do Espírito dão-se de acordo com a vontade do Espírito (I Co 12: 11)ao surgir à necessidade, e também conforme o anelo do crente na busca dos dons (I Co 12:31“Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente”, 14:1 “Segui a caridade/amor/ e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar”.)



Certos dons podem operar num crente de modo regular, e um crente pode receber mais de um dom para atendimento de necessidades específicas, conforme os textos de I Co 12: 4 – 11; Rm 12: 4 – 8 e Ef 4: 8, 11, 12.  O crente deve desejar “dons”, e não apenas um dom. Conforme I Co 12: 31“os melhores dons” e I Co 14:1“procurai com zelo os melhores dons”.



É antibíblico e insensato se pensar que; quem tem um dom de operação exteriorizada (mais visível) é mais espiritual do que, quem tem dons de operação interiorizada (menos visível).Há outro detalhe também muito importante, sobre o fato de que quando uma pessoa possui um dom espiritual, isso não significa que Deus aprova tudo quanto ela faz ou ensina.

Não devemos confundir dons do Espírito, com o fruto do Espírito, o qual se relaciona mais diretamente com o caráter e a santificação do crente.Gl 5: 22, 23,que estaremos falando nas próximas aulas.



Satanás pode imitar a manifestação dos dons do Espírito, ou falsos crentes disfarçados como servos de Cristo podem fazer o mesmo (Mt 7: 21-23; 24: 11– numerosos falsos profetas, 24 –  para enganar até os eleitos; II Co 11:13-15; II Ts 2: 8-10). O crente não deve dar crédito a qualquer manifestação espiritual, mas, conforme I Jo 4:1“provar se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se tem levantado pelo mundo”,I Ts 5: 20 – Não desprezeis as profecias, 21 – Examinai tudo. Retende o bem.



Os dons do Espírito são o poder de Deus em ação, e serão liberados à medida que você se encontra em situações que necessitem desses dons. Nesses momentos, você deve ministrar, não em sua própria força, mas por meio do poder do Espírito Santo que o capacitará. A intenção do Pai é derramar seu poder para salvar e curar, sobre sua vida e a vida de todos os homens e mulheres. Se você pedir ao Pai pelos dons, mantendo um coração puro e motivações corretas, Ele não lhos negará. Por meio dos dons do Espírito, você é equipado para cumprir a vontade de Deus. Sem os dons, está simplesmente vivendo e trabalhando no nível de sua própria capacidade e força naturais.    



OS DONS ESPIRITUAIS:Em I Co 12: 8-10 o apóstolo Paulo apresenta uma diversidade de dons que o Espírito Santo concede aos crentes. Nesta passagem, ele não descreve as características desses dons, mas noutros trechos das escrituras temos ensino sobre os mesmos.

As Manifestações para fins de estudos, são divididas em três grupos:
I – Manifestações de revelação:
* Palavra de Sabedoria, de conhecimento e discernimento.

II – Manifestações de Elocução:

* Profecia, Dom de línguas e Interpretação de línguas.

III – Manifestações de Poder:

* Fé, Dons de curar e Operação de milagres.
 
1. DOM DA PALAVRA DA SABEDORIA: (12:8)É a capacidade de buscar e aplicar a verdade de Deus por revelação divina. Declara os pensamentos e planos de Deus para uma situação específica. Podemos ver exemplo deste dom na vida deSalomão (I Re 3:24-28) e Jesus (Jo 8: 4-7; Lc 20: 20-26). Sem o dom da sabedoria de Deus, você pode se encontrar julgando situações incorretamente, tomando decisões inapropriadas e irrelevantes, e talvez deixando um rastro de desentendimento e mágoa. A sabedoria de Deus, no entanto, lhe dá a acuidade de enxergar as coisas da maneira que Deus as vê e ter o discernimento para saber o que é certo ou que atitude deve tomar dentro do contexto específico. Trata-se de uma mensagem vocal sábia, enunciada mediante a operação sobrenatural do Espírito Santo. Tal mensagem aplica a revelação da Palavra de Deus ou a sabedoria do Espírito Santo a uma situação ou problema específico (At 6:10; 15:13-22). Não se trata aqui da sabedoria comum de Deus, para o viver diário, que se obtém pelo diligente estudo e meditação nas coisas de Deus e na sua Palavra, e pela oração, (Tg 1: 5, 6).

2. DOM DA PALAVRA DE CONHECIMENTO: (12:8)É a habilidade de conhecer a verdade pela impressão do Espírito Santo. Por meio de revelação divina, é concedido a você conhecimento de certos fatos com relação a uma pessoa ou situação. Exemplos da palavra de conhecimento são vistos em José (Gn 41: 25-32), em Eliseu II Re 6: 8-12 e Jesus ( Jo 4:17,18 e Mt 21:2,3). Conhecimento simples diz respeito a um entendimento natural, mas uma palavra de conhecimento é uma revelação mais direta. Muitas vezes, contém elementos que revelarão a verdade para você e a outra pessoa a que se refere, permitindo que sejam alcançadas áreas bem mais profundas, só acessíveis ao Espírito Santo. Os dons de sabedoria e conhecimento frequentemente operam em conjunto porque o primeiro é necessário para que se saiba como manejar e aplicar o segundo. Trata-se de uma mensagem vocal, inspirada pelo Espírito Santo, revelando conhecimento a respeito de pessoas, de circunstâncias, ou de verdades bíblicas. Frequentemente, este dom tem estreito relacionamento com o de profecia. (At 5:1-10; I Co 14: 24,25).

3. DOM DA FÉ: (12:9)Não se trata da fé para salvação, com está escrito em Ef 2:8, mas de uma fé sobrenatural especial, comunicada pelo Espírito Santo, capacitando o crente a crer em Deus para realização de coisas extraordinárias e milagrosas. É a fé que remove montanhas,

(I Co 13: 2),e que frequentemente opera em conjunto com outras manifestações do Espírito, tais como as curas e os milagres (Mt 17: 20) essa é a que podemos chamá-la de verdadeira fé.

Mc 11: 22-24; Lc 17: 6.

4. DONS DE CURAS: (12:9)Esses dons são concedidos à igreja para a restauração da saúde física, por meios divinos e sobrenaturais (Mt 4: 23-25; 10:1; At 3: 6-8; 4:30). O plural (“dons”) indica curas de diferentes enfermidades e sugere que cada ato de cura vem de um dom especial de Deus. Os dons de curas não são concedidos a todos os membros do corpo de Cristo (I Co 12: 11, 30), todavia, todos eles podem e devem orar pelos enfermos.(Mc 16: 18).Havendo fé, os enfermos serão curados. Pode também haver cura em obediência ao ensino bíblico de (Tg 5: 14-16).

5. DOM DE OPERAÇÃO DE MILAGRES: (12: 10)Trata-se de atos sobrenaturais de poder, que intervém nas leis da natureza. Incluem atos divinos em que se manifesta o reino de Deus contra satanás e seus espíritos malignos (Jo 6:2– “E grande multidão continuava a segui-lo, porque vira os sinais miraculosos que Ele tinha realizado nos doentes”). Este dom é a capacidade de realizar atos contrários às leis naturais com poder além da capacidade humana. É a capacitação divina de realizar atos sobrenaturais.Exemplos: Eliseu (II Re 4: 1-7–a multiplicação do azeite para a viúva), Jesus (Jo 2:1-11 – transformação de água em vinho, Lc 9:16,17 – multiplicação dos cinco pães e dois peixes) e Estevão (At 6:8– grandes maravilhas e sinais ).



Um milagre é algo além do processo natural de cura ou das leis naturais. É um evento que conta totalmente com a intervenção direta de Deus e produz resultados que manifestam o extraordinário poder de Deus. Por exemplo, a ressurreição de mortos, a transformação de água em vinho, a reposição de membros do corpo são ocorrências miraculosas.

6. DOM DE PROFECIA: (12: 10)É preciso distinguir a profecia aqui mencionada, como manifestação momentânea do Espírito da profecia como dom ministerial na igreja, mencionado em Ef 4: 11 (que estaremos falando em outra aula. Como dom de ministério, a profecia é concedida a apenas alguns crentes, os quais servem na igreja como ministros profetas. Como manifestação do Espírito, a profecia está potencialmente disponível a todo cristão cheio d”Ele (At 2: 16-18). Quanto à profecia, como manifestação do Espírito, observe o seguinte:

(a)Trata-se de um dom que capacita o crente a transmitir uma palavra ou revelação diretamente de Deus, sob o impulso do Espírito Santo (I Co 14: 24, 25, 29-31).Aqui, não se trata de entrega de sermão previamente preparado.

(b)Tanto no AT, como no NT, profetizar não é primariamente predizer o futuro, mas proclamar a vontade de Deus e exortar e levar o seu povo à retidão, à fidelidade e à paciência (I Co 14: 3).

(c)A mensagem profética pode desmascarar a condição do coração de uma pessoa (I Co 14: 25), ou prover edificação, exortação, consolo, advertência e julgamento (I Co 14: 3, 25, 26, 31).

(d)A igreja não deve ter como infalível toda profecia desse tipo, porque muitos falsos profetas estarão na igreja (I Jo 4:1). Daí, toda profecia deve ser julgada quanto à sua autenticidade e conteúdo (I Co 14: 29, 32; I Ts 5: 20, 21). Ela deverá enquadrar-se na Palavra de Deus (I Jo 4:1),contribuir para santidade de vida dos ouvintes e ser transmitida por alguém que de fato vive submisso e obediente a Cristo (I Co 12:3)

(e)O dom de profecia manifesta-se segundo a vontade de Deus e não a do homem. Não há um só texto no NT mostrando que a igreja de então buscava revelação ou orientação através dos profetas. A mensagem profética ocorria na igreja somente quando Deus tomava o profeta para isso (I Co 12: 11).

7.DOM DE DISCERNIMENTO DE ESPÍRITOS: (12:10).Trata-se de uma dotação especial dada pelo Espírito, para o portador do dom de discernir e julgar corretamente as profecias e distinguir se uma mensagem provém ou não do Espírito Santo. Às vezes, a profecia e o falar em línguas não procedem de Deus, e, até mesmo os espíritos malignos conseguem agir numa congregação, onde não há discernimento de espíritos, através de falsos mestres ou falsos profetas. (I Co14: 29– E falem dois ou três profetas,e os outros julguem;

I Jo 4:1–Amados não creiais em todo o espírito, mas provai e vede se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.) Hoje estamos vivenciando os últimos dias da igreja na face da terra. Quando os falsos mestres (Mt 24: 4–E Jesus respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane. 5–Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos) e a distorção do cristianismo bíblico tem aumentado intensamente,(I Tm 4: 1– Mas o Espírito expressamente diz que: nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios), esse dom espiritual tem sido extremamente importante para a igreja.

8.DOM DE VARIEDADES DE LÍNGUAS: (12: 10)No tocante às “línguas”(gr.glossa, que significa língua) como manifestação sobrenatural do Espírito, notamos os seguintes fatos:

(a)Essas línguas podem ser humanas e vivas, (At 2: 4-6), ou uma língua desconhecida na terra, e.g., (por exemplo vem do latim exempli gratia) “línguas... dos anjos” (I Co 13:1– Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos e não tivesse caridade, seria como o metal que soa ou como o sino que tine). A língua falada através deste dom não é aprendida, e quase sempre não é entendida, tanto por quem fala (I Co 14: 14),como pelos ouvintes(I Co 14: 16).
(b)O falar noutras línguas como dom abrange o espírito do homem e o Espírito de Deus, que entrando em mútua comunhão, faculta ao crente a comunicação direta com Deus, (isto é; na oração, no louvor, no bendizer e na ação de graças), expressando-se através do espírito mais do que da mente (I Co 14: 2,14) ou orando por si mesmo ou pelo próximo sob a influência direta do Espírito Santo, à parte da atividade da mente humana (I Co 14: 2, 15, 28; Jd 20).

(c)Línguas estranhas falada no culto devem ser seguidas de interpretação, também pelo Espírito, para que a congregação conheça o conteúdo e o significado da mensagem (I Co 14: 3, 27, 28). Ela pode conter revelação, advertência, profecia ou ensino para a igreja (I Co 14:6).

(d)Deve haver ordem quanto ao falar em línguas em voz alta durante o culto. Quem fala em línguas pelo Espírito, nunca fica em “êxtase” ou “fora de controle” (I Co 14: 27, 28)

9.DOM DE INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS: ( 12:10)Trata-se da capacidade concedida pelo Espírito Santo, para o portador deste dom compreender e transmitir o significado de uma mensagem dada em línguas. Tal mensagem interpretada para a igreja reunida pode conter ensino sobre a adoração e a oração, ou pode ser uma profecia. Toda a congregação pode assim desfrutar dessa revelação vinda do Espírito Santo. A interpretação de uma mensagem em línguas pode ser um meio de edificação da congregação inteira, pois toda ela recebe a mensagem (I Co 14: 6, 13, 26). A interpretação pode vir através de quem deu a mensagem em línguas, ou de outra pessoa. Quem fala em línguas deve orar para interpretá-las (I Co 14: 13).            

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Enfrentando as fornalhas da vida


Alguma vez em sua vida você provavelmente já se perguntou: “Por que Deus permite que soframos? Por que enfrentamos adversidades e dores?”.

Existem várias respostas. Às vezes a tribulação é a disciplina imposta por Deus. Quando não estamos caminhando com Ele como deveríamos, Ele entra em cena como um pai amoroso para nos proporcionar circunstâncias que foram projetadas para nos levar de volta a Ele. Outras vezes sofremos simplesmente porque vivemos em um mundo cheio de pecado, sofrimento e amargura.
Também pode ser que Deus nos permite sofrer para beneficiar outros que estão ao nosso redor. Em Daniel 3, encontramos três jovens judeus que haviam sido levados cativos para a distante Babilônia, onde suportaram uma tribulação que permitiu a Deus revelar-Se ao reino gentio mais poderoso da terra.

A Acusação

Para compreendermos a história deles, devemos nos lembrar que, no segundo ano do cativeiro de Daniel (603 a.C.), o rei Nabucodonosor teve um sonho. Ele não apenas queria alguém que pudesse interpretar seu sonho, como também exigia que tal indivíduo adivinhasse do que constava aquele sonho. Ninguém havia conseguido o feito até que Daniel e seus três amigos buscaram o Senhor em oração. Então, Daniel disse a Nabucodonosor o que ele havia visto: uma estátua de um homem com uma cabeça de ouro. A estátua significava, em poucas palavras, uma figura do futuro do mundo. Nabucodonosor representava a cabeça de ouro – o Império Babilônio.

A seguir, Daniel revelou e explicou o sonho. Nabucodonosor entendeu parte da abrangência do que aquilo indicava, porque ele declarou: “Certamente, o vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos reis” (Dn 2.47). Mesmo assim, ele aparentemente se esqueceu daquele fato, porque vários anos mais tarde sua resposta ao sonho foi erigir uma estátua de aproximadamente 30 metros revestida de ouro e determinar que todos os homens no reino se prostrassem diante dela e a adorassem. Três homens não fizeram isso: os amigos de Daniel, Ananias, Misael e Azarias. Seus nomes babilônios eram Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Então, os caldeus trouxeram esses homens sob acusações diante do rei. (Daniel não estava entre eles e as Escrituras não dizem nada sobre onde ele estava).

Nabucodonosor perguntou-lhes: “É verdade... que vós não servis a meus deuses, nem adorais a imagem de ouro que levantei?” (Dn 3.14).

O versículo seguinte é o ponto crucial do capítulo: “Se não a adorardes, sereis, no mesmo instante, lançados na fornalha de fogo ardente. E quem é o deus que vos poderá livrar das minhas mãos?” (v.15). Nesse ponto, Nabucodonosor considerou-se Deus a si mesmo.

Os três responderam:

“Ó Nabucodonosor, quanto a isto não necessitamos de te responder. Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e das tuas mãos, ó rei. Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste” (vv.16-18).

Quando Deus lhe traz problemas e dificuldades, nem sempre é porque você fez alguma coisa errada ou por causa das circunstâncias normais envolvidas em se viver num mundo perdido que está amaldiçoado pelo pecado. Às vezes Deus quer dizer alguma coisa àqueles que estão ao seu redor, e Ele quer usar você para transmitir a mensagem dEle.

Foi isso que Ele fez com Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Essa não foi uma experiência agradável para eles. As Escrituras dizem que a fornalha estava quente; e, por causa de sua raiva e de seu orgulho, o rei “ordenou que se acendesse a fornalha sete vezes mais do que se costumava” (v.19). De fato, ela estava tão quente que o fogo instantaneamente destruiu todos os soldados que atiraram os três para dentro da fornalha.

O Desafio

Quando Deus lhe traz problemas e dificuldades, nem sempre é porque você fez alguma coisa errada ou por causa das circunstâncias normais envolvidas em se viver num mundo perdido que está amaldiçoado pelo pecado.

Então, Deus entrou como que em uma disputa com Nabucodonosor. Ele quis deixar bem claro qual era a extensão de Seu poder, soberania, bondade e graça.

É bem possível que algumas coisas que você está enfrentando agora tenham menos a ver com você (embora você vá crescer a partir delas) que com as pessoas ao seu redor. Talvez Deus tenha escolhido você como um veículo para alcançar outros.

Esses homens tinham grande consideração e respeito por Deus, e isso permitia que Deus os usasse. O mundo pode pensar que é grande coisa, mas os crentes consideram a Deus. Isto é, eles honram a Palavra de Deus e os Seus caminhos e O respeitam e O servem. Foi isso que Sadraque, Mesaque e Abede-Nego fizeram. Nesse ponto, eles foram amarrados e jogados para dentro da fornalha.

Servir a Deus não é algo que vem com a garantia de que sobreviveremos a todas as adversidades e sairemos ilesos. Nem significa que sempre sobreviveremos. Significa que estamos à disposição dEle, e que Ele pode fazer conosco aquilo que desejar. No caso de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, Deus lhes deu libertação.

Atônito, Nabucodonosor perguntou: “Não lançamos nós três homens atados dentro do fogo? Responderam ao rei: É verdade, ó rei. Tornou ele e disse: Eu, porém, vejo quatro homens soltos, que andam passeando dentro do fogo, sem nenhum dano; e o aspecto do quarto é semelhante a um filho dos deuses” (vv. 24-25).

A Escolha

Mas, sabe de uma coisa? Aqueles três homens não tinham nenhuma garantia quando entraram; nem nós temos. Nunca sabemos se o plano de Deus é trazer glória a Seu nome através de nosso martírio ou através de nossa libertação.

Era aí que estava João Batista em Mateus 11. Cerca de dois anos haviam se passado a partir do início do ministério de Jesus, e João foi colocado atrás das grades, provavelmente coçando a cabeça e pensando: “Espere aí! Pensei que eu fosse o precursor do Messias”. Então, ele enviou mensageiros a Jesus, perguntando: “És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro?” (Lc 7.19). As coisas não se encaixavam. Ele pensava que Jesus iria libertar Israel de Roma e estabelecer o Reino Davídico. Entretanto, ali estava ele, o precursor (Lc 1.17; Lc 7.27), na prisão. Logo após esses acontecimentos, ele foi decapitado.

Somos servos do Deus vivo. Isso significa que somos instrumentos para sermos usados por Ele. Estamos à disposição dEle. E devemos pensar sobre nós mesmos, não como porcelana de valor inestimável, mas como copos de papel que Deus pode usar para aquilo que Ele quer realizar.

Somos servos do Deus vivo. Isso significa que somos instrumentos para sermos usados por Ele. Estamos à disposição dEle. E devemos pensar sobre nós mesmos, não como porcelana de valor inestimável, mas como copos de papel que Deus pode usar para aquilo que Ele quer realizar. Você não pode dar mais a Deus do que Ele a você. Deus nunca toma nada que Ele não substitua muitas vezes mais.

Em outras ocasiões, porém, Ele liberta de maneira miraculosa. “Então, se chegou Nabucodonosor à porta da fornalha sobremaneira acesa, falou e disse: Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, servos do Deus Altíssimo, saí e vinde!” (Dn 3.26).

E eles saíram do meio do fogo sem sequer terem sido chamuscados. O fogo não teve efeito algum sobre eles. Os cabelos deles não estavam queimados, suas roupas não estavam danificadas, e o cheiro do fogo não se apegou a eles. Deus havia escolhido protegê-los por intermédio de um anjo do Senhor.

O mundo foi forçado a levar Deus em consideração por causa dos três jovens judeus que resolveram adorar apenas a Ele:

“Falou Nabucodonosor e disse: Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que enviou o seu anjo e livrou os seus servos, que confiaram nele, pois não quiseram cumprir a palavra do rei, preferindo entregar o seu corpo, a servirem e adorarem a qualquer outro deus, senão ao seu Deus. Portanto, faço um decreto pelo qual todo povo, nação e língua que disser blasfêmia contra o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego seja despedaçado, e as suas casas sejam feitas em monturo; porque não há outro deus que possa livrar como este” (vv.28-29).

Às vezes, Deus deseja demonstrar Sua grandeza e poder e está buscando pessoas que estejam dispostas a caminhar com Ele pelo meio da fornalha ardente. Talvez você esteja nessa fornalha agora. Ou talvez você venha a estar daqui a seis meses. Embora aquele possa ser um lugar amedrontador, você precisa se lembrar de que Deus é tão capaz de libertar você da fornalha quanto em meio a ela. A decisão é dEle. O que Ele requer de nós é fé.

Essa experiência foi um dos três principais “eventos de Deus” na vida de Nabucodonosor que fizeram do primeiro rei dos tempos dos gentios um adorador de Javé.

Se você e eu estivermos dispostos a colocar Deus em primeiro lugar, então aqueles que estão ao nosso redor também poderão vê-lO. Eles verão como você confia n’Ele à medida que for passando por dificuldades e eles se maravilharão daquilo que Ele faz em sua vida e por meio de sua vida.


Quando Deus lhe permite enfrentar problemas e dificuldades, nem sempre é porque você fez alguma coisa errada ou por causa das circunstâncias normais envolvidas em se viver num mundo perdido que está amaldiçoado pelo pecado.

E sabereis que eu sou o Senhor, quando eu proceder para convosco por amor do meu nome; não conforme os vossos maus caminhos, nem conforme os vossos atos corruptos, ó casa de Israel, disse o Senhor Deus. Eze 20:44
Texto de:Richard D. Emmons

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

A fé verdadeira e a fé falsa - parte 1


1. Tiago capítulo 2 é um dos textos mais importantes da Bíblia. Muitos estudiosos da Bíblia não conseguiram entendê-lo. Lutero pensou que Tiago estivesse contradizendo Paulo (Rm 3:28 - Tg 2:24; Rm 4:2-3 - Tg 2:21). Logo, Lutero chamou Tiago de carta de palha.

2. Mas será que Tiago está contrazendo Paulo? Absolutamente não. Paulo falou que a causa da salvação é a justificação pela fé somente. Tiago diz que a evidência da salvação são as obras da fé. Paulo olha para a causa fala da fé. Tiago olha para a consequência e fala das obras. Paulo deixa isso claro em Efésios 2:8-10.

3. Calvino dizia que a salvação é só pela fé, mas a fé salvadora não vem só. Ela se evidencia pelas obras. A questão levantada por Paulo era: "Como a salvação é recebida?" A resposta é: "Pela fé somente". A pergunta de Tiago era: Como essa fé verdadeira é reconhecida?" A resposta é: Pelas obras!

4. Assim, Tiago e Paulo não estão se contradizendo, mas se completando. Somos justificados diante de Deus pela fé, somos justificados diante dos homens pelas obras. Deus pode ver a nossa fé, mas os homens só podem ver as nossas obras.

I. A FÉ TESTADA - V. 1-13

Tiago falou que nascemos da Palavra (1:18), ouvimos a Palavra (1:19), acolhemos a Palavra (1:21), mas devemos também praticar a Palavra (1:23). Ouvir a Palavra e falar a Palavra não substitui o praticar a Palavra. Apenas ter uma confissão de fé ortodoxa não substitui o praticar a Palavra.
Tiago mostra que a maneira como nos comportamos com as pessoas indica o que realmente nós cremos sobre Deus. Não podemos separar relacionamento humano de comunhão divina (1 Jo 4:20).
Neste parágrafo Tiago diz que nós podemos testar a nossa fé pela maneira como nós tratamos as pessoas.

1. A divindade de Cristo - v. 1-4
Tiago diz que a fé verdadeira é conhecida pelo relacionamento imparcial com as pessoas. Dois visitantes entram na igreja: um rico e outro pobre. Oferecer maiores privilégios ao rico e desprezar o pobre é negar a nossa fé no Senhor da glória. Jesus não valorizava as pessoas pela cor da pele, pela beleza das roupas, pelo dinheiro. Jesus não julgava as pessoas pela aparência (Mt 22:16).
Ele sendo o Senhor da glória se fez pobre e não julgou as pessoas pela aparência. Para acolheu os ricos e os pobres; os religiosos e os publicanos; os doentes e as crianças; os israelitas e os gentios. Sua palavra para nós é não julgarmos as pessoas pela aparência (Jo 7:24).

2. A graça de Deus - v. 5-7
A ênfase de Tiago é sobre a soberana escolha de Deus. A salvação não está baseada em mérito humano nem mesmo em nossas obras. A salvação não é nem comprada nem merecida (Ef 1:4-7; 2:8-10). Deus ignora diferenças nacionais (salvou Cornélio). Ele ignora diferenças socias (salva senhores e escravos - Filemon e Onézimo).
A escolha divina não está baseada no que a pessoa tem (1 Co 1:26-27). É possível uma pessoa ser pobre neste mundo e rica no vindouro. Ser rica neste mundo e pobre no vindouro (1 Tm 6:17-18). Devemos tratar as pessoas como Deus as trata e não de acordo com o status social.

3. A Palavra de Deus - v. 8-11

A essência da lei de Deus é o amor ao próximo como a nós mesmos. A questão não é quem é o meu próximo, mas quem eu posso ser o próximo? O amor é o cumprimento de toda a lei. Amar é tratar as pessoas como nos trata. O sacerdote e o levita tinham uma fé ortodoxa. Eles serviam no templo. Mas eles falharam em viver a fé, amando o próximo. A fé era ortodoxa, mas estava morta.
Quem não ama é transgressor da lei. E se tropeçarmos num único ponto, somos culpados da lei inteira.


(Continue lendo...)

A fé verdadeira e a fé falsa - parte 2

4. O julgamento de Deus - v. 12-13

A nossa fé será finalmente provada no dia do juízo. E o que será julgado? 1. Nossas palavras - Palavras de acepção (2:3), palavras de desprezo (2:6), palavras frívolas (Mt 12:36); 2. Nossas atitudes serão julgadas - Quando não de misericórdia com as pessoas, estamos negando a nossa fé e atraindo sobre a nossa cabeça o juízo de Deus (2:13).
Precisamos estar seguros de que praticamos as doutrinas que defendemos. O profeta Jonas tinha uma maravilhosa teologia, mas ele odiou as pessoas e estava irado com Deus (Jn 4).

II. A FÉ MORTA - V. 14-17
A fé é uma doutrina chave no Cristianismo. O pecador é salvo pela fé (Ef 2:8-9). O justo vive pla fé (Rm 1:17). Sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11:6). Tudo o que é feito sem fé é pecado (Rm 14:23).
Em Hebreus 11 encontramos a galeria da fé, onde homens e mulheres creram em Deus e viveram e morreram pela fé. Fé a confiança de que a Palavra de Deus é verdadeira não importa as circunstâncias.
Qual é o tipo de fé que salva uma pessoa? Nem todas as pessoas que dizem crer em Jesus estão salvas (Mt 7:21).

Quais são as características de uma fé morta?

1. É uma fé divorciada da prática da piedade

É um erro pensar que apenas recitar ou defender um credo ortodoxo faz de uma pessoa um cristão. Assentimento intelectual apenas não é fé salvadora. A fé que não produz vida, que não gera transformação é uma fé espúria (Mt 7:21).
Ilustração. O pastor que foi confrontado pelo seu adultério e ele respondeu: E daí, se eu estou cometendo adultério? Eu prego melhores sermões do que antes. Esse homem estava dizendo que enquanto ele acreditasse e pregasse doutrinas ortodoxas, não importa a vida que ele leva. Mas Tiago ataca esse tipo de pensamento.
As igrejas estão cheias de pessoas que dizem que crêem, mas não vivem o que crêem. Isso é fé morta.

2. É uma fé meramente intelectual

A pessoa consente com certas verdades, mas não é mudada por elas. No verso 14 Tiago pergunta: "Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo?". Quando semelhante ele está falando de um certo tipo de fé, ou seja, a fé apenas verbal em oposição à fé verdadeira. Ainda no verso 14 ele pergunta: "Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras?" A fé aqui descrita existe apenas na base da pretensão. A pessoa diz que tem fé, mas na verdade não tem.
As pessoas com uma fé morta substituem obras por palavras. Eles conhecem as doutrinas, mas eles não praticam a doutrina. Eles têm discurso, mas não têm vida. A fé está apenas na mente, mas não na ponta dos dedos.

3. É uma fé ineficiente

Tiago dá dois exemplos para ilustrar a fé morta (2:15-16). Um crente vem para a igreja sem roupas próprias e sem comida. Uma pessoa com uma fé morta vê essa situação e não faz nada para resolver o problema do irmão necessitado. Tudo o que ele faz e falar algumas palavras piedosas (2:16).
Comida e roupa são necessidades básicas (1 Tm 6:8; Gn 28:20). Como crentes devemos ajudar a todos e principalmente aos domésticos da fé (Gl 6:10). Seremos julgados por esse critério (Mt 25:40). Deixar de ajudar o necessitado é fechar o coração ao amor de Deus (1 Jo 3:17-18). O sacerdote e o levita podiam pregar sobre sua fé, mas não demonstraram a sua fé (Lc 10:25-37).
John Calvin disse: "É só a fé que justica, mas a fé que justica jamais vem só".

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A fé verdadeira e a fé falsa - parte 3


4. É uma fé inútil
A fé sem obras é inoperante (2:20). Se uma fé é inútil de forma geral, ela também o é no caso da salvação!

5. É uma fé incompleta
Tiago diz que a fé sem as obras está incompleta (2:22), visto que são as obras que consumam a fé. As obras são a evidência da fé. Somos salvos pela fé para as obras (Ef 2:8-10). Se não tem obras, não tem fé!

6. É uma fé morta
Tiago é claro em afirmar que a fé sem as obras está morta (2:17; 2:26) e uma fé morta não salva ninguém. Essa fé intelectual, inútil, incompleta e morta não salva ninguém. Ortodoxia sem piedade produz morte.

III. A FÉ DEMONÍACA - V. 19

A fé morta é uma fé que atinge apenas o intelecto. A fé dos demônios atinge o intelecto e também as emoções. Os demônios têm um estágio mais avançado de fé que muitos crentes. A fé dos demônios não é apenas intelectual, mas também emocional. Eles crêem e tremem!
Crer e tremer não é uma experiência salvadora. Você não conhece uma pessoa salva pelo conhecimento que ela adquire nem pelas emoções que ela demonstra, mas pela vida que ela vive (2:18).

No que os demônios crêem?

1. Os demônios crêem que Deus é um só

Os demônios crêem na existência de Deus. Eles não são nem ateístas nem agnósticos. Eles crêem na "shemma judaico": OUVE Ó ISRAEL, O SENHOR NOSSO DEUS É O ÚNICO SENHOR. Mas essa crença dos demônios não pode salvá-los.

2. Os demônios crêem na divindade de Cristo
Os demônios corriam para ajoelhar diante de Cristo para adorá-lo (Mc 3:11-12). Eles sabiam quem era Jesus. Eles se prostravam aos pés do Senhor Jesus.

3. Os demônios crêem na existência de um lugar de penalidades eternas
Eles sabem que o inferno foi criado para o diabo e seus anjos. Eles sabem que o inferno é destinado para todos aqueles cujos nomes não forem encontrados no Livro da Vida. Eles não negam a existência do inferno (Lc 8:31). Eles crêem nas penalidades eternas.

4. Os demônios crêem que Cristo é o supremo Juiz que os julgará
Os demônios sabem que terão que comparecer diante de Cristo, o supremo juiz. Eles crêem no julgamento final. Eles crêem que todo joelho vai ter que se dobrar diante de Cristo.

IV. A FÉ SALVADORA - V. 20-26

A fé salvadora pode ser sintetizada em três palavras: notitia (conteúdo), assensus (concordância), fiducia (confiança): conteúdo, concordância e confiança. A fé verdadeira inclui o intelecto, as emoções e a vontade. O conteúdo da fé é a verdade de Deus. Eu recebo essa verdade e confio nela e por ela sou transformado.

Como Tiago descreve a fé verdadeira?

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A fé verdadeira e a fé falsa - parte 4

1. A fé salvadora está baseada na Palavra de Deus

Tiago cita dois exemplos: Abraão em Raabe. Duas pessoas totalmetne diferentes: Abraão o amigo de Deus, Raabe membro dos inimigos de Deus. Abraão, piedoso, Raabe prostitua; Abraão um judeu, Raabe uma gentia. O que tinham de comum?
Ambos confiaram na Palavra de Deus. A questão não é a fé, mas o objeto da fé. Não é fé na fé. Não é fé nos ídolos. Não é fé nos ancestrais. Não é fé na confissão positiva. Não é fé nos méritos. É fé em Deus e na sua Palavra. A fé está baseada num conjunto de verdades. A fé está estribada em Deus e na sua Palavra. Não é fé em subjetividades, mas fé na Palavra.

2. A fé salvadora envolve todo o ser humano

A fé morta toca apenas o intelecto. A fé dos demônios toca o intelecto e também as emoções. Mas a fé salvadora atinge o intelecto, as emoções e também a vontade. A mente entende a verdade, o coração deseja a verdade e a vontade age com base na verdade.

3. A fé salvadora conduz à ação

Tiago cita dois exemplos de fé que produziu ação. O exemplo de Abraão. Gênesis 15:6 diz que Abraão creu e isso lhe imputado para justiça. Gn 22:1-19 mostra a obediência de Abraão em oferecer o seu filho para Deus, crendo que Deus poderia ressuscitá-lo (Hb 11:19). Abraão não foi salvo por obedecer esse difícil mandamento. Sua obediência provou que ele já era salvo. Abraão não foi salvo pela fé mais as obras, mas pela fé que produz obras.

Como então, Abraão foi justificado pelas obras, uma vez que já tinha sido justificado pela fé (Gn 15:6; Rm 4:2-3)? Pela fé ele foi justificado diante de Deus e sua justiça foi declarada. Pelas obras ele foi justificado diante dos homens e sua justiça foi demonstrada.
A fé do patriarca Abraão foi demonstrada pelas suas obras. Hoje, muitos professam crer em Deus, mas o negam por suas obras (Tt 1:16; 3:8).

O exemplo de Raabe. Raabe creu e agiu. Ela ouviu a Palavra de Deus e reconheceu que estava numa cidade condenada. Ela não somente entendeu a mensagem e sentiu o seu coração tocado (Js 2:11), mas fez alguma coisa: protegeu os espias (Hb 11:31).
Ela arriscou a sua própria vida para proteger os espias. Mais tarde ela fez parte do povo de Deus (Mt 1:5) e tornou-se membro da genealogia de Cristo. Isso é graça que opera a fé salvadora.

CONCLUSÃO

Paulo diz que do mesmo jeito que somos destinados para a salvação, somos também destinados para as boas obras. Se a ordenação é determinativa no caso da salvação, também o é no caso das boas obras. A salvação é só pela fé, mas por uma fé que não está só. Uma fé viva se expressa por obras, ou seja, uma vida que traz glória a Jesus. Paulo ainda nos exorta a um auto-exame: "Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não reconheceis que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados" (2 Co 13:5).

a) Houve um tempo que sinceramente reconheci o meu pecado diante de Deus?

b) Houve um tempo em que meu coração fortemente desejou fugir da ira vindoura?

c) Houve um tempo em que compreendi que Cristo morreu pelos meus pecados e já confessei que não posso salvar-me a mim mesmo?

d) Houve um tempo em que sinceramente eu me arrependi dos meus pecados?

e) Houve um tempo em que realmente eu depositei a minha confiança no Senhor Jesus?

f) Houve um tempo em que de fato houve mudança em minha vida?

g) Desejo eu viver para a glória de Deus, pregar a salvação para os outros e ajudar os necessitados?

h) Tenho eu prazer na intimidade de Deus?

i) Estou preparado para a segunda vinda de Cristo?