Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. João 5:24





terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

BÊNÇÃO E MALDIÇÃO

“Todo homem, pois seja pronto para ouvir, tardio pra falar ...  Se alguém não tropeça no falar é perfeito... Ora,  a língua é fogo; é mundo de iniqüidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo, e contamina o corpo inteiro e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como é posta ela mesma em chamas pelo inferno... A língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar... Com ela bendizemos ao Senhor; também com ela amaldiçoamos os homens, feito à semelhança de Deus: de uma só boca procede benção e maldição...  Seis cousas o Senhor aborrece... Língua mentirosa... Testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos.”  
(Veja os textos na integra: Tg 1.19; 3.1-12 e Pv 6.16-19)
O ser humano possui uma particularidade muito especial, pois além da vida física, carrega em si a uma outra vida, que o torna um ser espiritual. Esta situação o difere dos demais animais criados pelo Senhor Deus e o capacita a desenvolver uma intimidade com o espiritual, seja, com o Todo Poderoso ou por conseqüência de uma opção ou simplesmente pelo fluir da vida com o maligno.  E devido a esta espiritualidade natural, ele detém em suas palavras autoridade para abençoar ou amaldiçoar; dar vida ou tirar vida.

Os servos do Senhor, homens chamados pelo Espírito Santo e lavados no Sangue do Senhor Jesus, necessitam dar uma atenção muito especial às palavras que proferem, pois, estão cheios da autoridade de Deus (Lc 10.19,20); e o mau uso da língua pode trazer sérios danos sobre sua própria vida ou de outrem. Uma vida de constante vigilância e direcionada pelo Espírito Santo é a solução para manter a nossa língua sob domínio e no temor do Senhor.

Os ensinamentos que nos são dados por Deus, em relação ao falar são muitos. Neste breve artigo, descrevo alguns. Abra teu coração e permita que o Espírito Santo ilumine teu entendimento e estejas pronto a ouvir sua voz.

a) Todo homem, seja pronto para ouvir. (Tg 1: 19)

 "Se o ouvirem e o servirem, acabarão seus dias em felicidade, e os seus anos em delicias". Jó 36.11

O Senhor Deus, aconselha ao homem para que aprenda a ouvir, e valoriza os servos que na obediência aos princípios eternos, tornam-se  bons ouvintes.
”... chegar-se para ouvir é melhor do que oferecer sacrifícios tolos...” (Ec 5.1). O abrir a boca em muitos casos não é uma atitude sábia, e pode levar-nos ao erro. É preciso aprendermos ouvir, tanto o certo quanto o errado e, após uma reflexão o falar. Assim, não proferiremos palavras néscias. “...e do muito falar, palavras néscias.” (Ec 5.3) A  condição de ouvinte é um conselho que encontramos em toda a Bíblia, veja algumas referencias:
”Inclinai os vossos ouvidos e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá...” (Is 55.3)
”Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas...” Ap 2.17
”As palavras dos sábios, ouvidas em silêncio valem mais do que os gritos de quem governa...” Ec 9.17
“Tenho ouvido, ó Senhor...” Hc 3.2
“Agora, pois, se atentamente ouvirdes a minha voz...” (Ex 19.5)
”Povos todos, escutai isto, daí ouvidos, moradores todos da terra...” (Sl 49.1)
”Melhor é ouvir a repreensão do sábio...” (Ec 7.5) entre outros.

É notório portanto, que o Senhor deseja que os seus seguidores sejam bons ouvintes, que saibam ouvir tanto o certo quanto o errado e após, uma analise que fale na autoridade do Espírito Santo.

b) Todo homem seja, tardio para falar (Tg 1.19)

O Senhor nos ensina que devemos ser tardios no falar, ou seja, é preciso pensar antes, não sermos precipitados nas declarações ou em expor nossas conclusões. Às vezes a primeira impressão, leva-nos à conclusões que não correspondem com a realidade de uma situação. Bom e calar-se!
Veja o conselho de Salomão:
“Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma... Sejam poucas as tuas palavras...” (Ec 5.2,3)
“Não consintas que a tua boca te faça culpado... Como na multidão dos sonhos há vaidade, assim também nas muitas palavras...” (Ec 5.6,7)
”O homem prudente, este se cala.” (Pv 11.12)
“Até o tolo, quando se cala, é tido por sábio” ( Pv 17.28)
”No muito falar não falta transgressão, mas o que modera seus lábio é prudente” (Pv 10.19)

  Escolhidos do Senhor, deixe que a vossa língua seja dominada pelo Espírito de Deus e saibam falar ou calar-se na hora certa. É sábio quem pede ao Senhor domínio sobre sua língua.

c) Todo homem seja, tardio para se irar (Tg 1: 19)

O que realmente é a ira? No dicionário (Aurélio) encontramos a seguinte definição: “Cólera, raiva, indignação, desejo de vingança.”  Quantas vezes tais sentimento afloram em nosso ser contra um irmão e levados pela precipitação da carne, os exteriorizamos trazendo sérias conseqüências. Por exemplo: Vidas são destruídas; amizades torna-se em inimizades; depressões e desespero; acidentes, crimes são praticados; a obra de Deus é envergonhada; entre tantas outras conseqüências.
Mas, como seres humanos, vivendo nas dificuldades do dia-a-dia, infelizmente não estamos isentos da ira, da raiva, no entanto, como homens espirituais que somos, devemos observar a orientação que Paulo deu aos de Éfeso:
”Irai-vos, e não pequeis, não se ponha o sol sobre vossa ira, nem deis lugar ao diabo... Longe de vós toda a amargura e cólera, e ira, e gritaria... Sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros” (Ef 4.26,27,31,32)
Quantas vezes em nossa falta de sabedoria nos expressamos no auge do “sangue quente” ou da “cabeça quente” e os resultados são terríveis! Esta não é a forma correta do Servo do Senhor agir, mas, se infelizmente isto vier a acontecer, o mandamento de Deus é que “Não se ponha o sol sobre a vossa ira” ou seja, é necessário  resolver o problema o mais rápido possível; e para contornarmos determinadas situações, é preciso nos humilhar diante do irmão atingido e clamar o seu perdão. 

A ira destitui o servo da graça de Deus, ela nos afasta da comunhão verdadeira com o Eterno. É impossível haver intimidade com Deus, quando o nosso coração está cheio de ira, cólera contra o próximo.
“Deixa a ira, abandona o furor...” (Sl 37.8)
”O homem de grande ira tem de sofre o dano...” (Pv 19.19)
“O iracundo levanta contendas...” (Pv 29.22)
“Não te apresses em irar-te, porque a ira se  abriga no íntimo dos insensatos.” (Ec 7.9)

Meditando nestes textos, facilmente concluímos que em nossa vida com Deus, não há lugar para a ira.
A ira é fruto da carne, “...As obras da carne são conhecidas e são: ... iras... e cousas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro... não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam (Gl 5.19-21).
A vontade de Deus para a vida dos seus servos é que vivam em santidade, sem iras, sem contendas e que saibam proferir palavras abençoadas.
”A resposta branda devia o furor, mas a palavra dura suscita a ira. A língua do sábio adorna o conhecimento, mas a boca dos insensatos derrama a tolice.” (Pv 15.1,2)

Mas, se numa ocasião perdermos de vista este ensinamento e agirmos de forma errônea ou ainda, se formos o alvo da ira de alguém, o ensinamento dado por Deus é o seguinte:
”Se teu irmão pecar contra ti; repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe” (Lc 17.3) Estas palavras se aplicam àquele que deixou-se irar e levantou-se contra outrem, que em humildade e cheio do perdão de Deus, vá ao encontro da pessoa atingida e humilhe-se diante dele e clame pelo seu perdão. Mesmo que estejas cheio de razão, deixe fluir de ti o perdão.
Jesus nos fala sobre o perdão ao próximo. Ele deseja que o Servo queira perdoar continuamente e ajudar os que o ofendem, em vez de permitir que um espírito de vingança e ódio se abrigue.
”Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem” (Mt 5.44-48)
"Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor" (Hb12.14)

d) Cada servo deve saber refrear a sua língua:

”Se alguém supõem ser religioso, deixando de refrear a sua língua, antes enganando o próprio coração, a sua religião é vã.” (Tg 1.26)

As vezes nos perguntamos o que é “refrear”?  a resposta é: Conter com freio; frear, enfrear; Reprimir, conter, suster; Dominar, sujeitar, subjugar, vencer; Tornar menor ou menos intenso; moderar, reprimir; Conter-se, comedir-se, reprimir-se; Abster-se, privar-se.
Esta prática deve ser uma constância na vida de alguém que procura com sinceridade servir ao Mestre. Saber dominar a língua nos dá autenticidade na caminhada com o Senhor, aqueles que não a domina, “engana-se a si próprio e sua religião é vã”. É o tipo de vida sem valor, sem expressão, sem poder, sem salvação.
O Senhor Jesus afirma:
”... a boca fala do que está cheio o coração.” (Lc 6.45)

O que nossas palavras tem causado ao nosso próximo, benefícios ou malefícios?
É tempo de parar e se auto-examinar!
Afinal:
“Tornai-vos, pois, praticantes da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmo.”  (Tg 1.22)
“Põe guarda, Senhor, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios.” (Sl 141.3)
“O que guarda a boca conserva a sua alma, mas o que muito abre os lábios a si mesmo se arruína.”(Pv 13.3)

Estamos vivendo “os tempos finais”, é uma época altamente espiritualizada, na qual o maligno procura uma brecha  na vida dos servos para semear as sementes do mau. É preciso vigiar, e estarmos consciente que a conversa descuidada, impura, maliciosa, com gírias e a língua desenfreada são caminhos tortuosos, que conduzem ao pecado.
”Não consintas que a tua boca te faça culpado...” (Ec 5.4)
“Porque, como na multidão dos sonhos há vaidade, assim também nas muitas palavras.” (Ec 5.7)
“Refreia tua língua do mal, e os teus lábios  de falarem dolosamente.” (Sl 34.13)

E assim deve ser o nosso proceder:
”Ouvi, pois falarei cousas excelentes; os meu lábios proferirão cousas retas. Porque a minha boca proclamará a verdade; os meu lábios abominam a impiedade. São justas todas as palavras da minha boca, não há nelas nenhuma cousa torta, nem perversa.” (Pv 8.6-8)

A língua é fonte de grandes bênçãos, mas, pode também disseminar uma infinidade de males. E para o domínio verdadeiro deste órgão tão pequeno, é preciso uma vida de santidade, dobrada diante do trono do Eterno. “Ora, a língua é fogo; é mundo de iniqüidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo, e contamina o corpo inteiro e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como é posta ela mesma em chamas pelo inferno... a língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar; é mal incontido... com ela bendizemos ao Senhor e Pai; também com ela amaldiçoamos os homens...” (Tg 3.6,8,9)

Vemos que a língua é comparada ao fogo. E o exemplo dado, é que apenas um “palito de fósforo” pode incendiar toda uma floresta (Tg 3.5). “A tua língua urde planos de destruição; é qual navalha afiada, ó praticadora de enganos! Amas o mal antes que o bem; preferes mentir a falar retamente.” (Sl 52.2,3)
A nossa atenção precisa ser desperta para a vida cotidiana, e não permitir que nossa boca seja instrumento de propagação  de intrigas, invejas, fofocas, mentiras e tantos outros males, que “toca” no Senhor e destrói nossa comunhão com Ele e com os irmãos.
“Com ela bendizemos ao Senhor; também com ela amaldiçoamos os homens... de uma só boca procede benção e maldição...” (Tg 3.9,10)
Infelizmente é muito comum que nos momentos de ira, ou até mesmo em nossas descontrações e brincadeiras percamos de vista a orientação divina e a língua transforma-se em instrumento para o mal e palavras amaldiçoadoras são proferidas. É preciso um cuidado redobrado com as palavras que não conhecemos a fundo os seus significado e expressões que denotam maldição. Afinal, é bom lembrarmo-nos que haveremos de prestar contas a Deus de todas as nossas palavras.
”Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no dia de juízo; porque pelas tuas palavras serás justificado, e pelas tuas palavras serás condenado.” (Mt 12.36,37)

”O justo aborrece a palavra de mentira...” Pv 13.5  Viver em retidão é uma necessidade.
”Sim, sim e não, não” (Mt 5.37) é nesta simplicidade a determinação que o Senhor Jesus deixa a seus seguidores; tão clara quanto à luz do dia. Impossível que alguém não a compreenda.
Os servos do Mestre, preferem arcar com as conseqüência de uma palavra verdadeira à contar uma pequena e até “insignificante” mentira. Veja o exemplo de Daniel (Dn 3.16-19). Ele tinha plena consciência que a mentira e considerada por Deus como “abominação”: “Os lábios mentirosos, são abomináveis ao Senhor.”(Pv 12.22) E que aqueles que optam por viver longe da retidão, com certeza receberão o castigo e viverá eternamente ao lado do pai da mentira, o próprio diabo (Jo 8.44). Veja também: Ap 21.8,27
É preciso estar atento  e ter pleno conhecimento que o Senhor não tolera a mentira e o engano. Inclusive no seio da igreja.
                     

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Eu sou um Fariseu ou um Publicano?

“Dois homens subiram ao templo, para orar; um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo. O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado” (Lucas 18:10-14).



No livro de Lucas, Jesus partilha uma poderosa parábola que desafia você e eu a fazermos um saudável exame de consciência. A parábola descreve dois homens visitando a mesma igreja, ambos orando ao mesmo Deus. Mas algo entre os dois é muito diferente.
A lição claramente expõe na superfície, obviamente, que a humildade é melhor do que o orgulho. Mas eu tenho constatado muitas vezes com a Palavra de Deus que quanto mais olhamos para ela, mais ampla e profunda ela se torna. Quanto mais investimos em explorá-la, mais dividendos da verdade, nós acumulamos. E ao longo do tempo ocorreu-me que há muito mais nesta parábola do que nós vemos geralmente com apenas um olhar breve.

Uma Parábola Impactante

Nos dias de Jesus os fariseus eram contados entre os mais piedosos e religiosos de todos os crentes em Deus. Por outro lado, os publicanos ficaram marcados como extorsionários infiéis e injustos. Eles eram vistos como a máfia dos seus dias. Então, você pode perceber, porque a conclusão de Jesus desta parábola, deixou seus ouvintes literalmente atordoados. Foi um exemplo escandaloso e politicamente incorreto sugerir que um publicano seria justificado e salvo, enquanto um fariseu estaria sem perdão e perdido. Veremos isso mais tarde, mas Jesus transformou o sistema de classificação deles de cabeça para baixo.
Estes homens representam dois grupos, mas não estamos falando acerca de dois grupos no mundo. Pelo contrário, estes dois homens representam dois destinos opostos, os salvos e os perdidos, entre aqueles que vão à igreja. Todo crente professo de hoje cai em um desses grupos. Um desses homens me representa. Um representa você.

Qual deles?

Cada um de nós precisa pedir humildade e orientação ao Espírito Santo, ao considerar esta questão. Você pode estar pensando que é um publicano quando você é realmente um fariseu, ou vice-versa. Ou você pode ser um pouco dos dois. É importante estudarmos esta parábola, porque todos nós somos um desses caras, e queremos certificar-nos de ser aquele a quem Jesus perdoa.

Alguns pontos em comum

Estes homens tinham algumas coisas em comum. Em primeiro lugar, ambos acreditavam em Deus. Se você quer estar no grupo de salvos, isso é um bom começo!
Mas acreditar em Deus não é o único critério para a salvação. “Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônios o crêem, e estremecem” (Tiago 2:19). Porque os demônios também acreditam que existe um Deus, deve haver algo mais para sermos salvos.
Os dois homens também iam à igreja. Isso também é importante se você quer estar no grupo dos salvos. Tenho dito muitas vezes que se você não tem fé suficiente para ir à igreja uma vez por semana, não é provável que você terá fé suficiente para chegar ao céu para a eternidade.
Às vezes as pessoas se desculpam por não ir à igreja, alegando que existem hipócritas lá. Mas eu digo, não se preocupem, pois há sempre espaço para mais um. Além disso, Jesus ia à igreja todos os sábados ainda que ela estivesse recheada de hipócritas, alguns dos quais o queriam até mesmo morto.
Outros reclamam que a igreja é chata. Mas é o propósito da igreja divertir ou adorar a Deus? E se a sua adoração não é satisfatória, ore a Deus para mudar seu coração. Mas vá à igreja. Jesus deu o exemplo, ensinando e adorando na igreja toda semana (Lucas 4:16).
A terceira coisa que estes homens tinham em comum foi que ambos oraram. Jesus diz em Lucas 18:1 que os homens devem “orar sempre”, e Paulo escreve que devemos “orar sem cessar ” (1 Tessalonicenses 5:17). Os salvos de verdade oram.
Assim vimos que ambos os homens acreditavam em Deus. Ambos iam à igreja. Ambos oravam. Estou esperançoso que você também pratique esses rudimentos da fé.
Agora vamos considerar algumas de suas diferenças.

Eu sou espiritualmente orgulhoso?

Os fariseus usavam orgulhosamente sua piedade. Eles eram um elemento hiper-conservador de crentes que eram zelosos rem relação às Escrituras, a lei de Deus, e a pureza do culto a Jeová. Quando os judeus estavam em cativeiro na Babilônia, os profetas, lhes disseram que eles foram subjugados por causa de sua infidelidade a Deus. Em resposta, foi formada a seita dos fariseus, para que Israel não se permitisse ser influenciado pelas nações pagãs circunvizinhas. Meticulosos nos detalhes de sua religião, os fariseus sabiam que se Israel caisse na idolatria novamente, Deus poderia retirar para sempre a Sua proteção.
Portanto, este era geralmente um bom grupo de pessoas que eram apenas muito zelosas em sua crença de não se contaminarem por seu ambiente.
Infelizmente, muitos e talvez a maioria dos fariseus deixaram o seu zelo pela obediência eclipsar o seu amor por seus semelhantes. Jesus os repreendeu várias vezes por sua preocupação com a religião externa e sua maldade hipócrita. “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia” (Mateus 23:27).
Nesta parábola reveladora, o fariseu é um homem hipócrita.

Conheça os publicanos

O publicano, por outro lado, era a versão antiga de um coletor de impostos – apesar de serem bastante diferentes dos coletores de impostos de hoje. Quando os romanos conquistavam uma província, eles não falavam a língua e não conheciam a cultura da mesma, mas precisavam do imposto de renda. Então, ao invés deles mesmos recolherem os impostos, eles permitiram que os judeus obtivessem licenças para serem cobradores de impostos. Os cobradores de impostos eram necessários para acumular uma certa quantidade do imposto do seu distrito podendo manter um percentual sobre esse valor para si mesmos. Muitos deles exploravam a sua posição para extorquir grandes quantias para encher seus próprios bolsos. Zaqueu era fabulosamente rico, porque ele era um cobrador de impostos em Jericó.
Os publicanos eram detestados pelos judeus, que os consideravam traidores por tirarem dinheiro de Deus do seu povo para dá-lo para os pagãos. Os publicanos eram também conhecidos por manterem os bares abertos e estarem envolvidos em prostituição. Eles representavam a pior raça de pecadores.
Portanto, nesta parábola sobre duas pessoas que vão ao templo para orar a Deus, as pessoas naturalmente olhavam para os fariseus como os que estavam mais próximos de Deus. Eles consideravam os publicanos como sem esperança e abandonados por Deus. No entanto, Jesus favoreceu o publicano. A pergunta é: “Porquê?”

Orações Peculiares e Postura

Uma distinção importante entre os dois homens foi a maneira que eles oraram. “O fariseu, de pé, assim orava consigo mesmo”(Lucas 18:11). Levantou-se, por si mesmo, na frente. Em seguida, agradeceu a Deus por não ser como o publicano. Sua cabeça estava erguida, seus braços estavam esticados.
Mas a oração do publicano foi totalmente diferente. “O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!” (Lucas 18:13). O publicano estava humildemente com o pé atrás, nem sequer se atrever a levantar os olhos.
Neste ponto, o fariseu começou a crônica de todas as suas boas obras. “Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo” (Versículo 12). Ele queria que as pessoas soubessem o que ele estava fazendo e dando para o Senhor. Ele proclamou a sua obediência à lei. Sua oração foi realmente de auto-exaltação.
Em contraste, Cristo começou o Seu ministério dizendo: “Todas as suas obras eles fazem a fim de serem vistos pelos homens” (Mateus 23:5). Jesus diz que essa é toda a recompensa que terão (Mateus 6:2).
Esta parábola é importante para nós, mesmo hoje, porque ainda temos fariseus na igreja de hoje.
O problema com este fariseu foi que ele não expressou nenhuma necessidade de ajuda. Ele não parecia reconhecer que tivesse quaisquer problemas ou falhas. Tudo o que ele via em si mesmo eram virtudes.
Ainda de acordo com a Bíblia, a sua auto-justiça era inútil. “Se vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus” (Mateus 5:20 NVI).
Aqui, Jesus não está demonstrando a justiça dos fariseus, como um padrão. Em vez disso, Ele nos diz que devemos ir além do padrão deles para entrarmos no reino dos céus. A justiça deles estava diante dos homens. A verdadeira justiça deve estar diante de Deus.
“Guardai-vos de fazer as vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles; de outra sorte não tereis recompensa junto de vosso Pai, que está nos céus” (Mateus 6:1).
Exige-se humildade fazer secretamente o bem aqui na terra, dar alguma coisa e não deixar ninguém saber a respeito. Isso nos ajuda a domar nosso espírito e revela a nossa motivação em fazer o bem: “Agimos para que os outros pensem que somos generosos? Será que realmente nos importamos com os que estamos a ajudar?

Como orar?

“quando orardes, não sejais como os hipócritas; pois gostam de orar em pé nas sinagogas” (Mateus 6:5).
A idéia da parábola não é que estar de pé enquanto se ora é ruim, mas sim examinar porque você está em pé. Jesus não quer que façamos um espetáculo de nós mesmos enquanto oramos. Não chame a atenção para si mesmo, quer através de suas ações ou por suas palavras.
Você já esteve em um grupo de oração e começou a pregar para o benefício daqueles que o cercam ao invés de realmente falar do seu coração para Deus? Eu já. Eu às vezes ainda faço isso com meus filhos. Nos ajoelhamos para orar com eles, pedindo ao Senhor para ajudá-los a obter boas notas, ajudá-los a limpar seu quarto. Eles estão ali com a gente, e nossa oração se transforma em um mini-sermão.
Quando entregamos pequenas insinuações e mensagens em nossas orações, isso é um jeito de estarmos de pé. Essa é a oração do fariseu: “Senhor, graças te dou porque não sou como os outros homens.”
Você sempre questiona o comportamento de outra pessoa? Você sempre agradece que não é assim como elas? Alguma vez você já condenou as roupas de outra pessoa na igreja? “Ela não é de todo respeitosa como meu modesto traje”. O Senhor ouve: “Senhor, eu te agradeço porque não sou como os outros homens.”
A propósito, a fofoca é apenas uma manifestação externa desta atitude “mais-sagrada-que-a-vossa”. Muitas vezes, disfarçamos a nossa fofoca com um pedido de oração! “Eu não sou fofoqueira, mas eu só queria falar isso para que possamos orar sobre isso”. Em seguida, revela que Sally foi almoçar com Bruce, e que ambos são casados … mas não um com o outro. Alguma vez você já disse algo assim? Em seu coração, talvez você estava realmente dizendo: “Senhor, eu te agradeço porque não sou como os outros homens.”

Em quem eu confio?

O fariseu exaltou suas próprias práticas religiosas em detrimento do seu vizinho. Ele confiou em suas próprias boas ações para torná-lo agradável a Deus. Ele não invocou os méritos de Cristo. Muitas pessoas de boa vontade fazem isso sem perceber.
Ezequias foi um homem bom e um bom rei. A Bíblia diz que ele fez o que “era reto aos olhos do Senhor” (2 Reis 18:3). Então um dia, Deus disse a Ezequias para colocar suas coisas em ordem, pois era chegada a hora dele morrer. Ezequias chorou para o Senhor, listando seus feitos impressionantes. Deus misericordiosamente ouviu sua oração e concedeu-lhe mais 15 anos, durante o qual Ezequias teve que aprender uma lição de humildade. Naqueles dias extras o bom rei Ezequias desenvolveu a mentalidade de fariseu e não sentia o seu pecado e sua necessidade de Deus.
O fariseu, em nossa parábola estava no mesmo barco. Mediu-se comparando-se aos outros e não com Deus. Faltava-lhe um espírito humilde e contrito. Ele não sentia necessidade de Deus e não fez nenhum pedido em sua oração. Seus agradecimentos não estavam agradecendo a Deus por ser Deus. Seus agradecimentos eram para si mesmo. Cinco vezes em sua oração ele disse: “Eu”. Foi um discurso totalmente centrado no eu.
Normalmente, mesmo a oração egocêntrica é feita para pedir alguma coisa. “Deus, faça isso por mim. Senhor, dá-me isso.” É correto orar sobre as nossas necessidades. Jesus mesmo diz para pedirmos a Deus nosso pão de cada dia (Mateus 6:11). Mas, muitas vezes pedimos coisas que não precisamos, perdendo fôlego que poderia ser gasto em oração pelos outros.
Notavelmente, o fariseu não fez nenhum tipo de pedido. Ele era tão hipócrita que ele acreditava que não precisava de nada. Ele desfrutava de um falso senso de retidão pessoal, a coisa que mais o desqualificava para o céu! C. S. Lewis disse, “Quando um homem está ficando melhor ele entende mais e mais claramente o mal que ainda resta nele. Quando um homem está ficando pior ele compreende a sua própria maldade cada vez menos”

Culto a si mesmo

O publicano e o fariseu ambos acreditavam em Deus, mas acontece que um estava adorando a si mesmo. O fariseu estava confiante em suas próprias obras para a salvação, o publicano pedia a misericórdia de Deus.
Isto não nos faz lembrar de dois outros homens? Dois irmãos trouxeram suas ofertas a Deus. Ambos oram, Caim está confiante em seu próprio trabalho, oferecendo o fruto da sua horta. Abel pede a misericórdia de Deus, trazendo um cordeiro e dependendo do sangue deste substituto para cobrir seu pecado. Quando vê sua auto-justiça sendo rejeitada por Deus, Caim despreza e mata o seu irmão. Veremos este mesmo cenário se repetir nos últimos dias.
Voltando ainda mais para trás, Lúcifer caiu na mesma armadilha. Ele ficou encantado consigo mesmo. O orgulho se transformou em culto voluntário, que gerou ciúme e assassinato.
Em Lucas 18:12, o fariseu lembrou o Senhor sobre suas boas obras, uma das quais era jejuar duas vezes por semana. Sendo que era requerido dos judeus que jejuassem uma vez por ano em uma das festas durante a páscoa.
Não há nada errado com o jejum. Na verdade, a maioria de nós deveria fazer mais do mesmo.
Não existe nada de errado com a oração, nem com dar algo a qualquer um. O problema é quando você faz essas coisas pela razão errada, esta é a diferença entre o publicano e o fariseu. Tem a ver com motivos.
Jesus ensinou: “Quando jejuardes, não vos mostreis contristrados como os hipócritas; porque eles desfiguram os seus rostos, para que os homens vejam que estão jejuando” (Mateus 6:16).
O fariseu exaltou-se a si mesmo aos olhos dos homens. Isto deu-lhe um sentimento de orgulho e valor, sim, mas ele não encontrava isso aos olhos de Deus. Quando ele quiz saber o que a Lei significava e onde estava em relação a ela, olhou em volta e comparou-se a outros homens. Paulo aborda essa atitude fatal, dizendo: “Porque não ousamos classificar-nos, ou comparar-nos com alguns, que se louvam a si mesmos; mas estes que se medem a si mesmos, e se comparam consigo mesmos, estão sem entendimento” (2 Coríntios 10:12).

Ai de Mim

Nós sempre podemos encontrar alguém pior espiritualmente do que nós somos. O publicano não era provavelmente o pior pecador nas imediações, mas ele não se comparava aos outros homens. Ele não orou com uma perspectiva horizontal, mas sim, comparou-se a si mesmo à Deus e implorou por Sua misericórdia, porque ele viu que a diferença era enorme.
Isaías, na presença de Deus, disse: ”Ai de mim”(Isaías 6:5). O fariseu, na presença do publicano, disse: ”Eu não sou tão ruim assim.” Todos nós fazemos isso às vezes, anestesiamos nossa culpa, se conseguimos encontrar alguém para criticar. Nós recitamos ao Senhor as nossas virtudes e listamos as falhas dos outros, tentando convencê-Lo, ou convencer a nós mesmos, que não estamos tão mau assim.
Mas devemos  parar de tentar elevar a nós mesmos agindo dessa forma. Fazer isso simplesmente não funciona. Ao contrário, devemos nos comparar a Jesus, tomando-o como nosso exemplo e padrão. Essa é a única forma de podermos ser verdadeiramente exaltados. ”Humilhai-vos perante o Senhor, e Ele vos exaltará” (Tiago4:10).
Um certo rei convidou um músico para tocar e cantar em um jantar que comemoraria o aniversário de sua nação. Um grande número de convidados VIPs foram reunidos.
Quando o trovador pôs os dedos entre as cordas de sua harpa, tocou a melodia mais doce, mas as palavras que ele cantava foram inteiramente para a glória de si mesmo. Foi uma balada após a outra comemorando suas viagens, bela aparência, talentos e aventuras. Quando a festa acabou, o harpista disse ao monarca: “Oh rei, por favor dê-me o meu salário.”
O monarca respondeu: “Você cantou para si mesmo. Não cantou sobre seu país, o povo, ou o rei. Seja o seu próprio tesoureiro. ”
O harpista gritou: “Mas eu não consegui cantar docemente?”
O rei respondeu: “Tão mal que para o seu orgulho você deve dedicar tal talento a si mesmo. Vá embora, você não deve servir na minha corte novamente”.
Jesus disse: “Porquanto dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; não sabes que és um coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nu” (Apocalipse 3:17). Quão relevante Sua parábola do fariseu e publicano é para você e para mim hoje, no final dos tempos. Temos de ser cuidadosos. Arrogância e falta de vontade em admitir que precisamos de salvação será um problema crônico no período final da igreja.
Por outro lado, são aqueles que vêm a Deus reconhecendo sua pobreza espiritual que encontram aceitação, perdão e vida eterna. “Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus” (Mateus 5:3). Que esta Escritura seja plantada no fundo de nossos corações.
 Extraído do site Amazing Facts. 

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Fidelidade

Somos escravos das palavras que dizemos,
mas somos senhores sobre as palavras que ainda não falamos

 


 "Os meus olhos procurarão os fiéis da Terra para que habitem comigo, o que anda em reto caminho, esse me servirá" Salmo 101:6

O maior propósito do Espírito Santo em nós é nos conformar à imagem de Jesus Cristo. Paulo diz: "até que todos cheguemos ...à medida da estatura da plenitude de Cristo" (Efésios 4:13). O objetivo do Espírito Santo é que alcancemos a medida de Cristo. A medida de Jesus fala da essência daquilo que Ele é, do seu caráter. Uma das características que devemos conhecer de Jesus para que sejamos aperfeiçoados Nele é a FIDELIDADE.
"A tua misericórdia, SENHOR, está nos céus, e a tua fidelidade chega até as mais excelsas nuvens" Sl 36:5.
Deus é fiel. Essa é uma frase que muitas vezes dizemos, mas o quanto verdadeiramente temos experimentado dessa verdade? O que é fidelidade? Fidelidade significa cumprir aquilo que se promete. Deus é fiel porque Ele cumpre integralmente tudo o que fala, tudo o que promete. Como está o caráter dos homens no que diz respeito à fidelidade? Quanto podemos dizer que temos nos aproximado de Cristo com relação à fidelidade?
Cumpra o que você diz. Seja fiel, assim como o Senhor é fiel.
Somos escravos das palavras que dizemos, mas somos senhores sobre as palavras que ainda não falamos. Cuide para cumprir o que você promete. Em Jeremias 1:12 o Senhor diz: "viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra para cumpri-la". Alguns dizem: "vou lá na sua casa". Mas não vão, não telefonam. Comprometem-se a ofertar mensalmente, mas não ofertam. Prometem orar por alguém, mas não oram. Temos que ser fiéis ao que falamos, assim como Ele é fiel ao que diz. A pessoa fiel é fiel a si mesma, ao próximo e a Deus. Se você não pode cumprir, não se comprometa, não fale nada. Eclesiastes 5:5 adverte: "melhor é que não votes do que votares e não cumprires".
A fidelidade do Senhor não depende em nada de nós mesmos. Essa é a Sua essência, Ele é fiel. Não importa a nossa infidelidade, Ele sempre vai cumprir o que disse. Igualmente, não devemos ser fiéis porque alguém retribui, mas sim porque essa é nossa essência no Senhor. É por causa Dele que devemos ser fiéis.
Certa vez, um rapaz de Deus, muito bonito por sinal, orava e buscava em Deus por sua esposa. Essa história se passou em uma igreja da Rússia. Deus disse a ele que em um determinado dia, ele chegasse cedo na igreja e que a moça que chegasse primeiro seria sua esposa. Assim ele obedeceu. Enquanto esperava ansioso por ver quem seria sua esposa, chegou um casal com a filha, uma bela jovem, que infelizmente era cega. Obedecendo ao que Deus falara, o jovem procurou os pais da moça e propôs o casamento. Mesmo diante da limitação da noiva, que não enxergava, eles noivaram. No dia do casamento, quando perguntaram a ela se aceitava o rapaz como esposo, ela respondeu: "Eu aceito e ele é muito lindo"! Nesse mesmo momento, milagrosamente, a moça foi curada e seus olhos se abriram. Ela começou a ver. Isso é a fidelidade de Deus!
No Getsêmani, legiões de anjos se posicionaram à disposição de Jesus, caso ele quisesse desistir, mas Ele foi fiel até o fim. Quando crucificado, o Espírito Santo o deixou porque era necessário que Ele cumprisse as dores absolutamente sozinho. Ele foi até o inferno para tomar a chave da morte das mãos de satanás. Ele foi fiel até o fim.
Amigo verdadeiro tem palavra e vai até o fim nas alianças que estabeleceu. Muitos fazem alianças, mas por quase nada quebram essas alianças muitas vezes feitas no Nome de Jesus. Não importa muitas vezes que isso implique em danos, mas temos que ser fiéis aos compromissos que assumimos, fiéis até o fim.
Em Paris, há uma estátua em homenagem a um cachorro, por causa de sua história memorável. Certa vez, uma criança brincava às margens do Rio Sena com seu cão. A criança caiu na água por acidente e começou a se afogar porque não sabia nadar. Aquele cachorro pulou na água e com muito esforço arrastou a criança até a margem, que foi retirada da água pelas pessoas que assistiam assombradas àquela cena impressionante. Entretanto, ao retirarem o cão da água, perceberam que ele não havia resistido e morrera. A fidelidade daquele incrível animal é lembrada com uma escultura, para que todos se lembrem de que, por ser tão fiel, deu sua própria vida. Uma estátua à fidelidade.
O Senhor foi fiel, não porque mereçamos, porque somos bons ou justos, mas porque somos pecadores. Ele morreu pelos pecadores.
È muito bom que trabalhemos na obra de Deus, mas o MAIS importante é refletir quem Jesus é. Isso diante de Deus tem muito mais valor. A preocupação do Espírito Santo com os heróis da Bíblia é muito maior com relação ao caráter deles do que com relação àquilo que eles fariam para Deus. Vejamos a vida de Moisés, de Abraão e até mesmo dos Apóstolos. É visível que o maior desejo do Senhor era formar neles um coração para Deus, e não que eles realizassem uma grande obra. A obra que eles cumpriram foi uma conseqüência daquilo que Jesus formou em seus corações.
Precisamos refletir aquilo que Ele é até atingirmos a Sua estatura. Precisamos refletir a Sua FIDELIDADE. Seja encontrado fiel pelo Senhor.


O Poder das Palavra!


A Palavra de Deus nos revela preciosos ensinamentos acerca do nosso falar.
“O que guarda a boca e a língua guarda a sua alma das angústias.” (Pv.21.23).




O Senhor nos concedeu um órgão capaz de dar vida ou de levar à morte: a língua. Devemos abrir a boca para abençoar o nosso irmão, para adorarmos ao Senhor. Mas, infelizmente, muitos têm sido destruídos pela falta de sabedoria. Muitos não têm administrado seus lábios de modo a abençoar, por isso amaldiçoam.

Salomão afirmou: “Prata escolhida é a língua do justo, mas o coração dos perversos vale mui pouco. Os lábios do justo apascentam a muitos, mas, por falta de senso, morrem os tolos.” (Pv 10.20-21).
Poderia citar inúmeros textos bíblicos que nos revelam a necessidade de abrirmos a boca para abençoar e não amaldiçoar. Mas quero resumir em apenas um que traduz, de maneira sublime, a força que há nas palavras que proferimos:
“A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto.”(Pv 18.21). Consegue imaginar a extensão e a gravidade disso? Com ela, você pode vivificar ou matar. Consegue dimensionar o poder que há nesse tão pequeno órgão de seu corpo? Peça ao Espírito Santo que lhe conceda sabedoria ao falar. Não é conveniente que você abençoe e também amaldiçoe. Quando Paulo escreveu aos Romanos, ele disse: “Abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis.” (Rm 12.14).
Há pessoas que já entenderam a importância de se policiar, de vigiar ao falar, e procuram não cometer o pecado da mentira. Porém, acabam pecando justamente porque não abrem a boca para abençoar. A nossa fé é um relacionamento com o Senhor, e este relacionamento nos faz com que nos tornemos abençoadores. Há pessoas que aprenderam isto muito bem. Quando elas chegam, parece que a luz chega; quando abrem a boca, algo começa a fluir. Pessoas assim transmitem o amor de Cristo, fazem a diferença aonde quer que estejam e perto de quem quer que seja. Infelizmente, porém, há quem faça totalmente o oposto: apenas reclamam, murmuram, maldizem os outros, levam uma vida independente da Palavra. A Bíblia nos ensina a darmos graças em tudo (1 Ts 5.18). O que significa que, pela fé, podemos ministrar a bênção, crendo que as circunstâncias serão mudadas, transformadas, pela graça do Senhor. Há um poder tremendo em nossas palavras. Em Provérbios 18.21 está escrito que: “A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto.” Quando você diz: “Eu o abençôo, em nome de Jesus; Eu abençôo o seu dia, o trabalho das suas mãos”, você está passando vida. É uma proclamação. A palavra fica – a bênção é a palavra. Você não tem a palavra final, mas você tem a palavra de bênção. Quantas pessoas amaldiçoam tudo, amaldiçoam o trabalho, o casamento, a sogra, os filhos, enfim, tudo. A Palavra nos revela de uma forma bem clara para: abençoar, abençoar. Comece abençoando a sua vida. ”Eis que será abençoado o homem que teme ao Senhor.” (Sl 128.4). O que Deus mais deseja é que sejamos bênçãos e abençoadores. Assim sendo, que Deus então o abençoe! E mais. Sê tu uma bênção.

“Mas os que esperam no SENHOR renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão.” Isaías 40:31

Quem sabe brincar de esconde-esconde?

Qualquer criança sabe, e aprende rápido, desde a fraldinha colocada sobre a cabeça pelo papai e a mamãe que dizem: “Cadê o bebê? Achou!”

Meu irmão, minha irmã, pare de se esconder... e cresça! 




 Salmo 139: 1-10

“1.Senhor, tu me sondas e me conheces. 2. Sabes quando me assento e quando me levanto;de longe penetras os meus pensamentos. 3. Esquadrinhas o meu andar e o meu deitar e conheces todos os meus caminhos. 4. Ainda a palavra me não chegou à língua, e tu, Senhor, já a conheces toda. 5. Tu me cercas por trás e por diante e sobre mim pões a mão. 6. Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim:é sobremodo elevado, não o posso atingir. 7. Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? 8. Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo,lá estás também; 9. se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, 10. ainda lá me haverá de guiar a tua mão, e a tua destra me susterá. ”

v.1 - Muitos de nós ainda achamos que podemos nos esconder do Senhor. Aqui o salmista deixa claro que o Senhor não apenas nos conhece, mas nos sonda (Reconhecer, por meio de sonda, a profundidade... Sondar uma ferida. Procurar conhecer, inquirir cautelosamente, sondar as intenções de alguém)

Queremos ser abençoados por inteiro, ver mudanças em nossas vidas, queremos ter a nossa sorte mudada, mas não nos permitimos ser tratados e curados por inteiro... Dividimos nossos pecados, nosso passado, nossas dores e dificuldades em setores... ACESSO TOTAL, ACESSO PARCIAL, ACESSO RESTRITO, e deixamos áreas de nossas vidas “reservadas” só para nós, sem permitir acesso do Espírito Santo, onde revivemos e remoemos fatos e situações que nos paralisaram, nos travaram e nos impedem de avançar rumo ao ministério e às promessas que o Senhor tem para nós. Ficamos repetindo os mesmos erros e “patinando” na nossa fé, sem sair do lugar, e muitas vezes fingindo estar tudo bem, escondidos atrás de uma máscara de santidade.

vs.2 e 3 – esquadrinhar: Buscar com cuidado e diligência, e até nos menores recantos...

Você pode até se esconder do seu pastor, do seu cônjuge, dos seus pais, de ministrações, de você mesmo... mas não pode se esconder de Deus! Ele sabe que você tem feito, onde tem andado, o que faz, sente e pensa.

Tenho uma notícia para você: NADA ESTÁ OCULTO AO SENHOR! "Acaso, sou Deus apenas de perto, diz o Senhor, e não também de longe?"

Ocultar-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? – diz o Senhor; porventura, não encho eu os céus e a terra? – diz o Senhor. Jeremias 23: 23 e 24

V.4 - Nada do que você contar ou confessar ao Senhor vai chocá-lo, meu amado... ele já conhecia todos os teus dias, quando nenhum deles havia ainda! Diante de ti puseste as nossas iniqüidades e, sob a luz do teu rosto, os nossos pecados ocultos. Salmo 90:8

A Igreja Águas é reconhecida até por outros ministérios por causa da unção de Libertação e Cura que está sobre os nossos Apóstolos. E mesmo assim muitos de vocês ainda fogem de ministração... Ninguém aqui quer “saber da sua vida”, mas queremos que você possa desfrutar de uma vida verdadeiramente livre! (continuaremos orando para que os demônios que estão escondidos se manifestem, para que haja libertação!)

v.5 – Por detrás e por diante: seu passado e seu futuro estão nas mãos do Senhor! Deixe que Ele o liberte e cure, e use isso em favor do Seu Reino!

v.6 – O salmista Davi de suas limitações, e da Grandeza do seu Deus! Você tem essa humildade diante de Deus? Isso gerava nele dependência do Senhor. Dvi não se escondia de Deus, mas EM DEUS!!!

Guarda-me como a menina dos olhos, esconde-me à sombra das tuas asas, Salmos 17:8

“Tu és o meu esconderijo; tu me preservas da tribulação e me cercas de alegres cantos de livramento.” Salmos 32:7

Assista eu no teu tabernáculo, para sempre; no esconderijo das tuas asas, eu me abrigo. Salmos 61:4

v. 7 e 8 – Não importa a situação que sua vida esteja hoje, Ele está com você, meu amado, mas lhe pergunta: onde você tem feito a sua cama? Onde tem repousado a sua alma, o seu corpo? Por onde tem andado?

v. 9 – Que “viagens” tem feito? As suas escolhas e atitudes têm atraído a bondade ou a ira de Deus?

Ainda que desçam ao mais profundo abismo, a minha mão os tirará de lá; se subirem ao céu, de lá os farei descer. Se se esconderem no cimo do Carmelo, de lá buscá-los-ei e de lá os tirarei; e, se dos meus olhos se ocultarem no fundo do mar, de lá darei ordem à serpente, e ela os morderá. Se forem para o cativeiro diante de seus inimigos, ali darei ordem à espada, e ela os matará; porei os olhos sobre eles, para o mal e não para o bem. Amós 9:2-4

“Buscai a Deus e vivei!” Amós 5 - título

As suas escolhas geram conseqüências. Os juízos de Deus são inevitáveis.

Todos gostamos de falar de um Deus de Amor, um Deus bondoso, compassivo, e Ele é mesmo; mas também de juízo e de justiça, e quer ser levado à sério: então pare de brincar de esconde-esconde com Deus!

Hoje é tempo de nos arrependermos, humilharmos, de nos deixarmos ser expostos pelo Espírito Santo à luz da palavra, de buscarmos ao Senhor, para que Ele possa mudar a nossa sorte!

Portanto, assim diz o Senhor Deus: Agora, tornarei a mudar a sorte de Jacó e me compadecerei de toda a casa de Israel; terei zelo pelo meu santo nome.

Esquecerão a sua vergonha e toda a perfídia com que se rebelaram contra mim, quando eles habitarem seguros na sua terra, sem haver quem os espante, quando eu tornar a trazê-los de entre os povos, e os houver ajuntado das terras de seus inimigos, e tiver vindicado neles a minha santidade perante muitas nações.

Saberão que eu sou o Senhor, seu Deus, quando virem que eu os fiz ir para o cativeiro entre as nações, e os tornei a ajuntar para voltarem à sua terra, e que lá não deixarei a nenhum deles.

Já não esconderei deles o rosto, pois derramarei o meu Espírito sobre a casa de Israel, diz o Senhor Deus.

Ezequiel 39:25-29

v. 10 – O Senhor quer guiar e sustentar a sua vida, e hoje lhe pergunta: ainda quer se esconder de Mim?

À vista disso, muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não andavam com ele.

"Então, perguntou Jesus aos doze: Porventura, quereis também vós outros retirar-vos? Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna; e nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus."

João 6: 66-69

Pare de se esconder de Deus e esconda-se em Deus!

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Fruto do Espírito: Paciência

 O Fruto Da Perseverança

“Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração” (Rm 12.12).


 Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas e segue a justiça, a piedade, a fé, a caridade, a paciência, a mansidão.1 Timóteo 6.11


VERDADE PRÁTICA: Paciência e perseverança são virtudes cristãs imprescindíveis aos que aguardam a volta de Cristo.
2 Ts 1.4 A paciência dos crentes de Tessalônica - De maneira que nós mesmos nos gloriamos de vós nas igrejas de Deus por causa da vossa paciência e fé, e em todas as vossas perseguições e aflições que suportais.

Rm 8.24,25 Aguardando com paciência sua completa salvação - Pois nesta esperança somos salvos. Mas a esperança que se vê não é esperança. Quem espera por algo que já tem? Mas, se esperamos o que não vemos, com perseverança o aguardamos. Todos os sofrimentos do momento enfermidade, dor, calamidade, decepções, pobreza, maus-tratos, tristeza, perseguição e todos os tipos de aflição devem ser considerados insignificantes ante a bênção, os privilégios e a glória que serão concedidos ao crente fiel, na era vindoura (cf. 2 Co 4.17).

Tg 5.11 A paciência move a bondade e a piedade divinas - Como sabeis, temos por bem-aventurados os que perseveraram. Ouvistes da paciência de Jó, e vistes o fim que o Senhor lhe deu. O Senhor é cheio de misericórdia e compaixão.

2 Co 1.6 A paciência capacita o crente a suportar a tribulação - Se somos atribulados, é para vossa consolação e salvação; se somos consolados, para vossa consolação é, a qual se opera suportando com paciência as mesmas aflições que nós também padecemos.

Hb 6.13-15 A promessa de Deus é alcançada por meio da paciência - Quando Deus fez a promessa a Abraão, como não tinha outro maior por quem jurasse, jurou por si mesmo, dizendo: Certamente, abençoando te abençoarei, e multiplicando te multiplicarei. E assim, tendo Abraão esperado com paciência, alcançou a promessa.

Rm 15.4 A paciência é fortalecida com a leitura das Escrituras - Pois tudo o que outrora foi escrito, para o nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança.
TUDO QUE DANTES FOI ESCRITO. As Escrituras do AT são da máxima importância para a vida espiritual do cristão. A sabedoria e as leis morais de Deus, no tocante a cada aspecto da vida, bem como sua revelação a respeito dEle mesmo, da salvação e da vinda de Cristo, são de valor permanente (2 Tm 3.16; ver Mt 5.17

LEITURA BÍBLICA TIAGO 5.7-11 =7 Sede, pois, irmãos, pacientes até à vinda do Senhor. Vede que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até receber as primeiras e as últimas chuvas. 8 Sede vós também pacientes, e fortalecei os vossos corações, porque a vinda do Senhor está próxima. 9 Irmãos, não vos queixeis uns dos outros, para não serdes julgados. O juiz está à porta. 10 Irmãos, tomai como exemplo de sofrimento e paciência os profetas que falaram em nome do Senhor. 11 Como sabeis, temos por bem-aventurados os que perseveraram. Ouvistes da paciência de Jó, e vistes o fim que o Senhor lhe deu. O Senhor é cheio de misericórdia e compaixão.

É atribuído a Tiago, irmão de Jesus. Este discípulo de Cristo é conhecido pela tradição da comunidade cristã como “Tiago, o Justo”. Para Tiago, as tentações que provam a fé produzem ‘paciência’ (1.3) e ‘maturidade espiritual’ (1.4). Esta paciência é demonstrada no domínio da língua e da ira (1.25), na mansidão, no compromisso com a palavra (1.21), na fraternidade cristã (1.27), na prática da fé (2.14s), na santidade (4.8), na submissão a Deus (4.8); e por fim, na expectativa da vinda de Cristo (5.7). Tiago concordaria plenamente com Eclesiastes 7.8: ‘Melhor é o fim das coisas do que o princípio delas; melhor é o longânimo do que o altivo de coração’. O sofrimento dos ‘irmãos’ não perdurará; teve um início, contudo, o fim será muito melhor (5.8), tal qual a paciência e a perseverança de Jó (v.11). Portanto, é necessário ser paciente. No original, é possuir ‘ânimo longo’(Tg 5.7, 8 e 10) ou ser ‘perseverante’ ou ‘resistente’ (Tg 5.11). De acordo com o original, o termo aflição (v.10) significa ‘suportar o mal pacientemente’ é a mesma palavra traduzida em 2 Timóteo 4.5 por ‘sofre as aflições’, isto é, ‘suporte o mal’.

O exercício da paciência é uma qualidade bastante difícil nos dias em que vivemos, principalmente devido ao corre-corre de nosso dia a dia, mas é de imprescindível importância para o crente que deseja ir morar no céu.
É nos momentos de maior tensão que somos testados nessa qualidade do fruto do ESPÍRITO que está implantada em nós.
É notado e louvado o cristão que consegue ser paciente diante das adversidades que surgem em seu viver terreno.
Somente com a ajuda do ESPÍRITO SANTO é que conseguimos exercer paciência e ajudar aos que estão a nossa volta, a passar pelas tribulações do cotidiano.

I. A PACIÊNCIA E OS ASPECTOS DA VIDA CRISTÃ - “Paciência. hypomone, literalmente, ‘permanência em baixo de’ (formado de hypo, ‘em baixo de’, e meno, ‘ficar’), ‘paciência’. ‘A paciência, que só desenvolve nas provas (Tg 1.2), pode ser passiva, ou seja, igual a ‘tolerância, resignação’, como: (a) nas provas em geral (Lc 21.19; Mt 24.13; Rm 12.12); (b) nas provas que sobrevêm ao serviço no Evangelho (2 Co 6.4 ; 12.12; 2 Tm 3.10); (c) sob castigo, que é a prova considerada a vir da mão de Deus, nosso Pai (Hb 12.7); (d) sob aflições imerecidas (1 Pe 2.20); ou ativa, ou seja, igual a ‘persistência, perseverança’, como: (e) ao fazer o bem (Rm 2.7); (f) na produção de frutos (Lc 8.15); (g) no correr a corrida proposta (Hb 12.1).
A paciência aperfeiçoa o caráter cristão (Tg 1.4), e a participação na paciência de Jesus é, portanto, a condição na qual os crentes virão a ser admitidos a reinar com Ele (2 Tm 2.12; Ap 1.9). Para esta paciência, os crentes são ‘corroborados em toda a fortaleza’ (Cl 1.11), ‘pelo Seu Espírito no homem interior’ (Ef 3.16)”.
O maior exemplo conhecido biblicamente como o homem de maior paciência é com certeza Jó. (Tg 5.11 Como sabeis, temos por bem-aventurados os que perseveraram. Ouvistes da paciência de Jó, e vistes o fim que o Senhor lhe deu. O Senhor é cheio de misericórdia e compaixão.)

Sl 37.7 Descanse no SENHOR e aguarde por ele com paciência; não se aborreça com o sucesso dos outros, nem com aqueles que maquinam o mal.
Aquele que desenvolve a paciência em seu caráter descansa em DEUS e não inveja aos ímpios.

Pv 19.11 A sabedoria do homem lhe dá paciência; sua glória é ignorar as ofensas. Mostremos nossa sabedoria mesmo diante de ofensas.

Pv 25.15 Com muita paciência pode-se convencer a autoridade, e a língua branda quebra até ossos.
Não temos medo das autoridades, mas as respeitamos e sabemos como falar-lhes com paciência.

Jr 15.15b Que, pela tua paciência para com eles, eu não seja eliminado. Sabes que sofro afronta por tua causa.
Rm 2.4 Ou será que você despreza as riquezas da sua bondade, tolerância e paciência, não reconhecendo que a bondade de Deus o leva ao arrependimento?
2Pe 3.15 Tenham em mente que a paciência de nosso Senhor significa salvação, como também o nosso amado irmão Paulo lhes escreveu, com a sabedoria que Deus lhe deu.
Respeitemos, oremos e aceitemos a paciência de DEUS para com os ímpios. pois Ele tem em vista a salvação dos mesmos.

2Co 1.6 Se somos atribulados, é para consolação e salvação de vocês; se somos consolados, é para consolação de vocês, a qual lhes dá paciência para suportarem os mesmos sofrimentos que nós estamos padecendo.
Em nossa paciência ajudamos os outros a serem pacientes também em suas tribulações.

Tg 5. 7 Portanto, irmãos, sejam pacientes até a vinda do Senhor. Vejam como o agricultor aguarda que a terra produza a preciosa colheita e como espera com paciência até virem as chuvas do outono e da primavera. 8 Sejam também pacientes e fortaleçam o seu coração, pois a vinda do Senhor está próxima. 9 Irmãos, não se queixem uns dos outros, para que não sejam julgados.
Esperemos com paciência a volta de nosso Senhor e Salvador JESUS CRISTO.

**Do Latin patientia Resignação; conformidade em suportar os males ou os incômodos sem se queixar; perseverança tranqüila; calma na continuação de qualquer tarefa ainda que esta seja difícil ou muito demorada; tranqüilidade com que se espera aquilo que tarda.

Há forte relação entre a paciência e os outros aspectos da vida cristã. A seguir, consideraremos algumas delas à luz das Escrituras.

1. Paciência e sofrimento. O sofrimento pode ser causado por diversos fatores, perseguição religiosa, inveja, discussões, inimizades, perca de emprego, morte de alguém da família, etc..; até mesmo por sofrimento alheio podemos sofrer, porém, uma coisa é certa, ninguém passa por esta vida sem ter momentos de sofrimento. Sabemos que o sofrimento faz com que analisemos o modo de vida que estamos levando e tomemos rumos novos e mais seguros para não sofrermos mais, funciona como estimulador à prevenção.
As provações podem ser comparadas ao trabalho de cães guardadores de ovelhas: mantê-las perto do pastor. As provações funcionam como disciplina do Pai divino e amoroso em prol de nossa santidade (Hb 12.7-11). Observemos as ilustrações seguintes:
a) O exemplo da planta. Uma planta nova, submetida a intensos ventos, desenvolve raízes fortes e profundas. Assim como carregar peso, faz com que os nossos ossos fiquem fortes e não tenhamos osteoporose, assim também o sofrimento nos treina para sermos fortes.
b) O exemplo da cruz. Muitos textos bíblicos nos revelam que o caminho rumo ao céu inclui uma cruz. Mt 10.38 e quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim. JESUS chama-nos a atenção para a cruz que certamente virá para aqueles que o querem seguir, portanto, esforcemo-nos por tornar este trabalho o menos sofrível possível, mas sabendo que teremos que passar por aflições.
2. Paciência e perseverança. Para se alcançar uma meta ou objetivo, devemos buscar com todas as nossas forças e ainda pedirmos auxílio a DEUS para nos fortalecer nesta jornada, porém nunca conquistaremos o triunfo sem sabermos esperar a hora certa para então louvarmos a DEUS por mais uma batalha ganha!
3. Paciência, alegria e esperança. Em Romanos 5.3,4, constatamos a relação entre os seguintes termos: sofrimento, alegria, paciência e esperança.
Como uma rosa a desabrochar, cada etapa é descrita por Paulo, talvez analisando sua vida cristã e seu crescimento espiritual. Não devemos nos conformar diante de situações difíceis, mas buscar a solução em DEUS para tais situações; o cristão foi chamado para guerrear contra o reino das treva e não existe paz sem haver guerra; o crente que vive em paz é aquele que guerreia constantemente contra Satanás e suas hostes.
4. Paciência e sabedoria. As palavras de Provérbios 14.29 declaram: “O longânimo é grande em entendimento, mas o de ânimo precipitado exalta a loucura”. Devemos escolher entre "Sofrer para aprender", ou "Ver os outros sofrerem e aprender com seu sofrimento". Aquele que é paciente analisa o motivo do sofrimento alheio e antes que passe pelo mesmo sofrimento, muda seu proceder; é o famoso "Prevenir para não remediar"
5. Paciência e paz. A paciência é característica natural de quem vive em paz tanto consigo mesmo, quanto com os que o cercam. A paz é conquistada na perspectiva de um futuro que muitas vezes está distante, por isso, é necessário a paciência para que se possa esperar o resultado de nosso plantio, ou semeadura.
6. Paciência e força. A força física só é benéfica se for controlada pelo ESPÍRITO SANTO, assim a hora de se usar a força deve ser a hora ditada pela paciência, pela análise da potência a ser usada e como deve ser usada. é melhor e superior a força espiritual do que a física. Com sabedoria se vence uma guerra, porém nem sempre vence o mais forte, mas sempre vence o mais sábio.
7. Paciência e perdão. Dizem que o tempo sara as feridas, realmente a paciência tem mostrado que o adiamento da discussão traz benefícios ao futuro bom relacionamento. Cada pessoa tem o direito de pensar diferente de nós e de julgar diferente de nós, devemos esperar que o ESPÍRITO SANTO convença a outra pessoa da verdade e assim a união e a paz sejam restabelecidas.
8. Fé acrescida de paciência. A fé nos impulsiona, a paciência nos controla para fazermos certo. A fé é um poder transformador enquanto a paciência é um controlador dessa força, dosando de acordo com a necessidade, cada aplicação dessa fé. A fé, a paciência e as promessas de Deus estão relacionadas na bela passagem de Hebreus 6.11,12 (11 Queremos que cada um de vocês mostre essa mesma prontidão até o fim, para que tenham a plena certeza da esperança, 12 de modo que vocês não se tornem negligentes, mas imitem aqueles que, por meio da fé e da paciência, recebem a herança prometida).