Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. João 5:24





sábado, 21 de maio de 2011

Pecado e suas raizes


Se existe uma palavra que está sempre presente em nosso linguajar cristão-evangélico, esta é a palavra "pecado". Portanto, a fim de podermos compreender melhor o que significa este importante termo de nosso vocabulário, é necessário estudá-lo sob algumas de suas principais nuanças lingüísticas. E é isso o que buscaremos fazer a partir das linhas que seguem.



I - O Pecado e a Sua Raiz Hebraica

Em hebraico há algumas palavras que estão relacionadas ao conceito de pecado. Entretanto, a principal palavra (existem outras, é claro) utilizada para descrever o pecado é a palavra hebraica hata', cujo sentido básico é o de "errar um alvo ou um caminho", ou ainda "ficar aquém do padrão".[1] Essa palavra pode ser encontrada em uma de suas várias formas verbais, por exemplo, em Jz 20.16, onde lemos sobre a existência de "setecentos homens escolhidos, canhotos, os quais todos atiravam uma pedra com a funda a um cabelo, e não erravam (yahati')". A partir desse conceito básico, podemos dizer que "pecar é errar a mosca". Calma, não estou me referindo ao "inseto" chamado mosca. Antes, estou me referindo à mosca em seu sentido técnico-militar, fazendo alusão ao "ponto central do alvo nos exercícios de tiro". Aliás, esse assunto me faz lembrar da época em que servi no Tiro de Guerra de minha cidade natal, São Caetano do Sul - SP. Lembro-me que nas aulas de tiro ao alvo o meu subtenente costumava dar notas aos tiros de fuzil. Quanto mais perto do alvo (mosca) o tiro chegasse, melhor era a nota. E as notas basicamente eram: Ruim, Regular, Bom, Muito Bom e Ótimo. Geralmente, eu tirava o conceito Bom, o que me deixava decepcionado, pois eu queria estar entre os melhores atiradores. Porém, lembro-me da frustração estampada no rosto daqueles que tiravam Ruim e da alegria contagiante daqueles que recebiam Ótimo. Acredito que este fato deveria servir para despertar em cada um de nós o seguinte questionamento: "Que nota eu tenho recebido do Mestre em meu tiro ao alvo espiritual?". Ou melhor dizendo: "a vida cristã que tenho vivido ultimamente tem sido aprovada ou rejeitada por Deus?". Ou ainda, para usar uma linguagem mais militarizada: "que 'nota' Deus daria para a minha 'pontaria' de hoje"? Pense nisso.

II - O Pecado e a Sua Raiz Grega

Já na língua grega, a palavra que melhor caracteriza a idéia de pecado é a palavra hamartia, cujos significados básicos são: "falha, culpa, pecado".[2] Kenneth Wuest, ao comentar o conhecido texto de Rm 3.23: "Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus", faz uma interessante observação sobre o conceito de pecado que aparece no verso. Ele diz:
"O termo grego aqui traduzido como 'pecado' é uma palavra que, entre os gregos pagãos, significava 'errar o alvo' ou 'falhar no desempenho'. Os atletas gregos, mirando um alvo, algumas vezes erravam na pontaria. Assim também a raça humana inteira errou o alvo, a saber, uma vida conduzida para a glória de Deus".[3]
Ao lermos esse texto, percebemos que o conceito de "pecado" por trás da palavra hamartia é muito parecido com o conceito encontrado no hebraico hata', principalmente quanto à idéia de "errar o alvo".

III - O Pecado e a Sua Raiz Latina

Por fim, nos deparamos com o conceito de "pecado" em latim. Sabe-se que o verbo português "pecar" é derivado do latim peccare que, em seu uso primitivo, significava: "fazer passo em falso, perder o pé, e, portanto, cair, falando-se dos cavalos e outras montarias; depois, figuradamente, fazer mau passo moral, errar, cometer falhas".[4] Tal palavra tem ligação com a palavra latina pecus, que significa: "pé defeituoso, pé incapaz de percorrer o caminho".[5] Em outras palavras, "pecar" é "coxear, manquejar, capengar". Aliás, a partir desses dados, poderíamos muito bem concluir que "pecar" é "dar mancadas com Deus". Dito de outra maneira, quando pecamos estamos dando um "passo em falso" em nossa relação com Deus.

Conclusão

De forma bem geral, podemos resumir esse breve texto dizendo que a "raiz" do pecado encontra-se basicamente em dois fatores: "errar o alvo" e "pisar em falso no caminho de Deus". Quando não atingimos o "alvo" proposto por Deus para a nossa vida (que é glorificá-lo por meio de todo o nosso viver) e também quando não andamos "corretamente" nos seus caminhos, tais atitudes se traduzem em pecado diante dEle.
Àquele que é poderoso para ajudar-nos em nossa "pontaria" e em nosso "caminhar" seja a glória e o louvor para todo o sempre!

quarta-feira, 18 de maio de 2011

O Que Fazem os Demônios?

      
Satanás não é onipresente, nem onipotente, nem onisciente. Sua presença, poder e conhecimento são ampliados através de seus demônios
Em Lucas 13.11, nós vemos uma mulher que tinha um demônio de enfermidade, havia já dezoito anos. Porém, Jesus ensinou, que quem prendia aquela mulher, era o próprio Satanás através daquele demônio (Lc 13.16). Sendo assim, tudo que Satanás faz, os demônios também fazem sobre o seu comando. Satanás não é onipresente, nem onipotente, nem onisciente. Sua presença, poder e conhecimento são ampliados através de seus demônios. Vejamos o que eles fazem:
(1) Controlam o sistema mundial (Ef 6.12; 1 Jo 5.19).
(2) Estão por detrás de governos para influenciá-los (1 Cr 21.1; Dn 10.13,20; Ap 16.13,14).
(3) Promovem a idolatria (Lv 17.7; Dt 32.17; 2 Cr 11.15; Sl 106.37,38; Os 4.12; 1 Co 10.19-21).
(4) Promovem o espiritismo e as praticas de adivinhação (1 Sm 28.7; Ez 21.21; Os 4.12; At 16.16).
(5) Promovem as seitas e as heresias na Igreja (Gl 1.6-8; Cl 2.18.23; 1 Tm 4.1-5).
(6) Oprimem a humanidade, através dos ladrões, assassinos, e as forças da natureza (Jó 1.12-19).
(7) Colocam enfermidades: como mudez (Mt 9.32,33), surdez (Mc 9.25), cegueira (Mt 12.22), curvatura da coluna (Lc 13.11), epilepsia (Mt 17.15; Mc 9.20; Lc 9.42), e feridas malignas (Jó 2.7).
(8) Colocam desordens mentais: como violência e força anormal (Mc 5.4), gritaria e automutilação (Mc 5.5), andar nu pelas ruas (Lc 8.27), e ter tendência ao suicídio (Mc 9.22).
(9) Causam perseguições contra a Igreja (Ap 2.8-10).
(10) Tentam os crentes na área do sexo (1 Co 7.5).
(11) Cegam as mentes dos incrédulos ao evangelho (2 Co 4.3,4).
(12) Colocam pensamentos pecaminosos (Jo 13.2; At 5.3).
Entre essas e outras obras, realizadas por Satanás e seus demônios, temos certeza de uma coisa, o objetivo dessas forças espirituais, é sempre fazer o mal (Ef 6.12).

Autor: Pastor Sandro de Souza Oliveira